Imbituba: Polícia deflagra operação “Bravo Zulu”, para reprimir o tráfico de drogas de organização criminosa que atua na região

A Polícia Civil e a Polícia Federal, de forma conjunta e com o apoio da Polícia Militar do Estado, deflagraram na manhã desta sexta-feira, 16, a Operação Bravo Zulu, criada para reprimir o tráfico de drogas na região realizado por uma organização criminosa atuante nas cidades na região, especificamente nas cidades de Imbituba, Garopaba, Tubarão e Palhoça.

Segundo informações dos responsáveis pela Operação, a organização criminosa investigada pela polícia demonstra grande estrutura financeira, adquirindo e mantendo casas, carros importados e até mesmo um avião de pequeno porte. As investigações indicam que empresas são utilizadas para ocultação dos lucros provenientes do tráfico de drogas, como cocaína, maconha e drogas sintéticas (comprimidos de ecstasy), além de outros crimes. Apurou-se, ainda, que a organização criminosa possui estreita ligação com facção instalada em território catarinense, que entre outras coisas, recrutava adolescentes para atuação em atividades ilegais.

Nesta sexta-feira, 40 policiais federais, 30 policiais civis e 20 policiais militares estão dando cumprimento a 18 mandados de busca e apreensão e 16 mandados de prisão, expedidos pelos Juízos de Direito das Comarcas de Imbituba e Garopaba em diferentes inquéritos policiais.

As medidas estão sendo cumpridas nos municípios de Imbituba, Garopaba, Tubarão e Palhoça. Dentre os presos estão os líderes da organização criminosa e pessoas responsáveis pelo transporte, guarda e venda de drogas. No curso da operação foram apreendidos 637 kg de maconha, 9 kg de cocaína, 2 kg de crack e cerca de 1.500 comprimidos de ecstasy.

Segundo informações do delegado regional da 18ª DRP de Laguna, Raphael Johann Giordani, a Operação só foi possível graças ao compartilhamento de informações entre as polícias Federal, Civil e Militar e que resultou na identificação dos principais responsáveis pelo tráfico de drogas na região, bem como a delimitação de suas condutas, possibilitando sua responsabilização.

“Nos autos dos inquéritos policiais em andamento, os investigados poderão ser indiciados pela prática dos crimes de tráfico de drogas, associação para o tráfico, de organização criminosa e corrupção de menores, cujas penas máximas somadas podem chegar a mais de 30 anos de prisão”, relata o delegado Giordani.

O nome da operação é uma referência à expressão Bravo Zulu, que tem origem em um código de bandeiras, estabelecido pelos aliados durante a II Guerra Mundial para permitir a operação conjunta de diferentes forças. Nessa combinação de sinais, a expressão Bravo Zulu é usada para declarar que uma tarefa realizada com sucesso.  

Na manhã de hoje, será concedida entrevista coletiva na sede da 18ª Delegacia Regional de Polícia, detalhando à imprensa detalhes da Operação.