A 5ª Câmara Criminal substituiu a prisão preventiva por duas medidas cautelares. O prefeito de Imaruí está afastado do cargo público por 30 dias e está proibido de manter contatos com os funcionários do município, até que seja julgado e tenha a sentença divulgada pela Justiça.

Oitavo prefeito preso e indiciado como réu na Operação Mensageiro, Patrick teria pedido à Serrana, empresa acusada de pagar propina e dezenas de agentes públicos em diversas cidades catarinenses, a quantia de R$ 40 mil. O Ministério Público acusou o prefeito de Imaurí pelo recebimento de uma “mesada” de R$ 5 mil.

A desembargadora responsável pelo processo, Cinthia Beatriz da Silva Bittencourt Schaefer, anotou que o prefeito teria recebido, indevidamente, R$ 160.000,00. Na 5ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça de Santa Catarina, Patrick obteve unanimidade dos votos para ser liberado para voltar para casa. O alvará de soltura foi expedido na manhã da quinta-feira, dia 21.

A defesa do acusado argumentou que, com a finalização dos depoimentos das testemunhas nos interrogatórios, somando-se a isso, a atitude de colaboração do réu durante toda a instrução processual, o paciente deveria ser solto. O MP foi contrário à soltura de Patrick Corrêa.

A desembargadora defendeu a necessidade da prisão preventiva, que termina agora. “A prisão preventiva de Patrick Correa era  necessária para a garantia da ordem pública e da instrução processual, notadamente, dentre outros motivos, pelo agente público ser pessoa de alto poder político e existirem indícios de que tenha destruído provas”, afirmou a relatora, desembargadora Cinthia Schaefer.