domingo, 5 maio , 2024
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AGETEC

Seja bem-vindo 2020!

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Diante de tantas mensagens que circulam nesta época, escrever sobre a passagem de ano, torna-se uma tarefa hercúlea, pois parece que todas as palavras já foram ditas e todas as reflexões efetuadas. No entanto, reiterar votos de prosperidade, de paz, de amor, de saúde, nunca é demais. 

Por isso, ainda que seja repetitivo, quero enviar vibrações positivas a todos e desejar que 2020 seja leve, alegre, inovador e intenso!! Que as dificuldades vividas em 2019, sirvam como pontos de aprendizagem e não como alavancas para o rancor ou o medo. 

Que cada um persiga seus objetivos e conquiste muitas realizações, mas sem esquecer a subjetividade do bem, do sucesso, da riqueza… e a importância da coletividade. Na condição de seres humanos, somos diferentes na aparência e, às vezes nas convicções, mas iguais na essência. Que saibamos empreender no amor ao próximo e inovar no respeito aos irmãos. Gratidão 2019! Gratidão Notisul. Gratidão articulistas e colaboradores desta coluna…

Seja bem-vindo 2020!

Prof. Luciana Flôr Correa Felipe 

luciana.flor@unisul.br 

Inovando e se Renovando no Natal

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Prof. Luciana Flor Correa Felipe

luciana.flor@unisul.br 

A época natalina tem para cada um, uma representação. Para alguns é tempo de dar presentes, fazer compras, viajar, comer fartamente, reunir a família… Outros, veem neste período a oportunidade de faturar mais, aumentar as vendas, lançar produtos… Isto sem falar nos que não gostam da época, porque ficam tristes, nostálgicos, reflexivos e se recolhem. E, só alguns (poucos) celebram o verdadeiro sentido do Natal: o nascimento de Jesus.

Não me cabe julgar o posicionamento correto. Sem exageros e excessos, talvez o conjunto dessas representações configure o sentido do Natal. O importante é que estejamos felizes e que nossa felicidade não implique na tristeza de outros.

Por isso, desejo que a inovação neste Natal, represente transformação, ampliação de horizontes e de sentidos. Que cada um possa analisar onde precisa inovar, se renovar e transformar para construir um mundo melhor. E que, empreender signifique união de esforços em prol do coletivo. 

Desejo ainda que este sentimento não termine ao apagar das luzes do dia 25 de dezembro, mas que permaneça vivo em 2020 e por toda nossa existência. Inovar a partir da alma, é algo atemporal, permanente que nunca sai de moda e não custa dinheiro; mas não é tarefa fácil, pois exige introspecção, catarse, determinação e humildade. Mas vale tentar!

Feliz Natal a todos! 

Você sabia?

O curso de Medicina recebe inscrições por transferência externa até 27 de janeiro de 2020 pelo portal Unisul. As vagas são ofertadas nos campi Grande Florianópolis e Tubarão do 2º ao 8º semestre, sendo destinadas aos estudantes que cursam Medicina em outras universidades e que não tenham o benefício do ProUni ou bolsas do Fundo Social e Proies. Mais informações: http://hoje.unisul.br/medicina-recebe-inscricoes-por-transferencia-externa/

Fique atento!

O CNPq está recebendo propostas para apoio a projetos de pesquisa que visem a contribuir significativamente para o desenvolvimento científico e tecnológico e a inovação do País, por meio da concessão de bolsas no país e no exterior. Mais informações: file:///C:/Users/luciana.flor/Downloads/Chamada_Bolsas_Pais_e_Exterior_2019_com_Logo%20(1).pdf

Advogada Kelly Mendes Gonçalves Boneli apresenta a Professora e Pesquisadora Josiane Somariva Prophiro

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É com imensa satisfação que apresento a Bióloga, cientista, tutora da Laila (uma cadelinha vira-lata linda) e amante da natureza. Professora Josiane vê nas trilhas e trekkings uma forma de autoconhecimento e desapego e, consequentemente, conexão consigo mesma. Adora fotografar a natureza e as pessoas, principalmente em momentos espontâneos. Trabalha com mosquitos desde a graduação, em 2001, tanto que o laboratório que coordena é chamado popularmente de “laboratório dos mosquitos” ou ela mesma é chamada de “a professora pesquisadora dos mosquitos”. Mas, na verdade, trata-se do Laboratório de Imunoparasitologia – IMPAR, na Unisul. Este laboratório conta com o trabalho de alunos tanto da graduação como também da pós-graduação, além de receber alunos visitantes de escolas públicas e privadas da região de Tubarão para conhecer o animal mais perigoso do mundo: o mosquito. Através destas visitas, principalmente das crianças, consegue perceber o fascínio e o brilho nos olhos dos pequenos por aprender como estímulo. Acredita que as crianças sempre têm as melhores perguntas, pois a curiosidade é parte inerente desta etapa da vida (pena que, às vezes, a perdemos). Ainda, vê no desenvolvimento dos seus alunos, através de uma formação profissional ética e qualificada, uma forma de certificação a qual mostra que está fazendo o que ama e, portanto, a coisa certa. Em uma abordagem clara e objetiva, socializa os ricos conhecimentos que emergem das pesquisas provenientes dos nossos laboratórios, muito propício para a estação do ano. Uma leitura cheia de significado.

Os mosquitos chegaram! E agora qual repelente usar?

Josiane Somariva Prophiro 

Professora e Pesquisadora do PPGCS e PPGCA

Os mosquitos adoram o calor, umidade e períodos de chuva. Estes são componentes principais para que eles possam se desenvolver nos seus criadouros. O ciclo de vida completo dos mosquitos é dividido em duas fases: aquática – imatura (ovos, larvas e pupa) e alada (adultos). A fase aquática dura em média de 8 – 13 dias e a alada em média de 60 dias. Alguns mosquitos gostam de água limpa como água da torneira e água da chuva e outros conseguem se desenvolver em águas mais poluídas. 

Na fase adulta, o mosquito apresenta características físicas que diferenciam os machos das fêmeas, sendo que os machos apresentam antenas plumosas e as fêmeas antenas pilosas. Ou seja, temos mosquitos que são machos e mosquitos que são fêmeas. Os mosquitos adultos machos se alimentam somente de néctar, já as fêmeas se alimentam de néctar e sangue para desenvolver os ovos. Então, aquele mosquito que te picou ontem a noite foi um mosquito fêmea! Se ela não consegue se alimentar de sangue, ou seja, picar algum ser humano e/ou outro animal (cachorro, gato, galinha, periquito…), ela não consegue desenvolver seus ovos. Por isso, ela vem vorazmente tentar te picar em diferentes períodos do dia e/ou da noite, o horário vai depender da espécie de mosquito. 

Esses mosquitos estão envolvidos na transmissão de diferentes patógenos que causam doenças como a dengue, chikungunya, zika e febre amarela, as quais, juntas, são responsáveis por elevados índices de mortalidade. O crescimento urbano desorganizado, as alterações climáticas, juntamente com o alto potencial adaptativo dos mosquitos, contribuem para a distribuição desses insetos, e consequentemente com a dispersão de patógenos que causam estas doenças.

Esforços estão sendo implementados em várias partes do mundo para controlar a dispersão de mosquitos. As principais estratégias utilizadas estão direcionadas ao controle e incluem larvicidas, inseticidas, além da utilização de repelentes de uso tópico como proteção individual.

Os repelentes tópicos têm sido amplamente difundidos como produtos para a proteção individual contra picadas de mosquitos e, dependendo do ingrediente ativo e concentração, podem oferecer proteção por várias horas. O ingrediente ativo mais utilizado nas formulações comerciais é o composto sintético N, N-dietil-3-metilbenzamida (DEET), uma vez que é altamente eficaz contra vários tipos de insetos. Entretanto, preocupações quanto à sua toxicidade têm sido observadas. Outros princípios ativos sintéticos também são utilizados em repelentes comercializados, como o IR3535 (Butilacetilaminopropionato de Etilo) e a Icaridina (Picaridina), os quais propõem proteção por várias horas além de apresentar menor toxicidade, principalmente para gestantes e crianças com menos de 6 meses de idade.

Dentre os repelentes de uso tópico, são recomendados aqueles que foram analisados em testes de eficácia em laboratório ou em campo. Nesse sentido, estudos sobre a eficiência dos repelentes comercializados no Brasil são necessários para avaliar se esses produtos realmente oferecem uma proteção ativa e prolongada, como especificadas nos rótulos. Tais estudos se apresentam de forma cada vez mais relevante, visto que um repelente eficaz pode ser considerado de extrema importância na proteção contra a transmissão de patógenos por mosquitos como Aedes albopictus e Aedes aegypti. 

Desta forma, quando você for adquirir um repelente, atente-se para as informações descritas no rótulo do produto como, por exemplo, quais espécies de mosquitos aquele repelente é eficaz. Além disso, verificar por quanto tempo o produto ainda está ativo para você reaplicar o mesmo sempre que necessário. Desta forma, você estará protegido da picada das fêmeas de mosquitos e também de patógenos que causam a dengue, chikungunya, zika e febre amarela. Lembre-se que gestantes e crianças devem usar produtos repelentes específicos. E contra a febre amarela o sistema público disponibiliza vacina eficaz, já fez sua vacina contra febre amarela?

Você sabia? 

Que os produtos repelentes são comercializados em várias formulações, como os sprays, géis, cremes, vaporizadores e tecidos impregnados. Os repelentes de uso tópico ideais devem apresentar as seguintes características: repelir várias espécies de insetos simultaneamente, ser eficaz por pelo menos oito horas, ser atóxico, ter pouco cheiro além de ser resistente a água e abrasão.

Fique atento! 

O Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde (PPGCS) está com processo seletivo discente aberto para Mestrado e Doutorado. Inscrições pelo Portal Unisul, no link http://www.unisul.br/wps/portal/home/ensino/mestrado-e-doutorado/mestrado-em-ciencias-da-saude/ 

Jonas Schneider apresenta o professor Geovan Martins Guimarães

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Apresento o amigo pesquisador da semana, o professor Geovan Martins Guimarães. O trabalho do professor Geovan é de grande nobreza para a sociedade científica pois se concentra nos estudos históricos, arqueologia e educação patrimonial. Já participou de projetos de grande importância para a arqueologia regional, nacional e projetos internacionais. Atualmente é coordenador das atividades do GRUPEP – Grupo de Arqueologia e Educação Patrimonial da Unisul.

Para o professor Geovan, estar em um grupo de pesquisa como o Grupep possibilitou participar de pesquisa em várias partes do Brasil e no mundo. “Desenvolvemos nesse grupo pesquisas arqueológicas de cunho estritamente acadêmica e de contrato, essa última realizadas no âmbito do licenciamento ambiental. Algumas destas pesquisas foram divulgadas em diversos eventos nacionais e internacionais que tive a oportunidade de participar, algumas estão publicadas em capítulos de livro, em revistas acadêmicas de repercussão nacional, trabalhos em parceria com pesquisadores do Grupep e de outras instituições. Nessa trajetória conheci pesquisadores de toda parte, do Brasil e exterior. Atualmente desenvolvemos pesquisas juntamente com outras instituições brasileiras, uma delas é o MAE – Museu de Arqueologia e Etnologia da USP. Mais recentemente, passamos a integrar, como parceiros, o projeto Tradition, desenvolvido pela UAB – Universitat Autònoma de Barcelona, na Espanha, e, University of York, na Inglaterra, pesquisa coordenada pelo professor Colonese da UAB”.

O professor Geovan compreende que o ambiente favoreceu a sua formação acadêmica “Minha formação acadêmica somente foi possível porque tive um ambiente que me propiciou isso, participação em grupos de pesquisa, incentivo de meus orientadores, os professores que tive até aqui; a colaboração de colegas do Grupep, de docência e acadêmicos por onde passei; aos discentes, pelos quais tenho a oportunidade de aprender e melhorar minha prática docente; A minha família, especialmente minha irmã, Gislaine, tenho muito a agradecer”.

O professor Geovan é graduado em Turismo e Hospitalidade pela Universidade do Sul de Santa Catarina (2009), mestrado em Turismo e Hotelaria pela Universidade do Vale do Itajaí (2012) e doutorado em Turismo e Hotelaria pela Universidade do Vale do Itajaí (2017). Atualmente é pesquisador da Universidade do Sul de Santa Catarina, professor titular da Universidade do Sul de Santa Catarina e conselheiro do Conselho Municipal de Patrimônio do Cultural de Tubarão. Atua na área de Turismo, com ênfase em Turismo Arqueológico, atuando principalmente nos seguintes temas: arqueologia, educação patrimonial, prospecção arqueológica, patrimônio arqueológico e arqueologia subaquática.

Esta semana o prof. Geovan descreve a importância do planejamento e gestão para potencializar o turismo arqueológico regional.

Planejamento e Gestão: a chave para o desenvolvimento de um potencial turismo arqueológico regional

O Turismo Arqueológico é um segmento que integra Turismo, Cultura e Arqueologia. Este tem por objetivo aproveitar o potencial turístico de sítios arqueológicos. Tal segmento se realiza quando o turista é motivado a se deslocar com o intuito de visitar os vestígios que podem ser considerados particularidades de cada cultura.

Todos os estados brasileiros possuem sítios arqueológicos cadastrados junto ao Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional – Iphan, órgão nacional responsável pela gestão do patrimônio arqueológico. Os sítios arqueológicos são vestígios da cultura de sociedades passadas com características diversificadas e singulares, que muitas vezes não são adequadamente integrados, socializados e aproveitados como atrativos turísticos. São poucos os casos no Brasil em que estes patrimônios são preparados para receber visitantes, cabe ressaltar para esse desenvolvimento somente deve ocorrer pautado em um planejamento, considerando as fragilidades do local, sem expor o local a mais riscos.

Compõem o mosaico de patrimônios arqueológico brasileiro numerosos e variados tipos de sítios, que possuem dimensões monumentais e uma inestimável importância histórica e científica. Atualmente, encontram-se registrados junto ao Iphan mais de 27 mil sítios arqueológicos, desde o período pré-histórico até aos períodos mais recentes. Este número de sítios arqueológicos vem crescendo à medida que há o incremento das pesquisas, possibilitando, dessa forma, o registro de novos sítios.

Devido às especificidades e a fragilidade do patrimônio arqueológico, o desenvolvimento deste segmento do turismo não poderá ser massificado, pois a exploração de todos os recursos poderá trazer resultados negativos. O turismo arqueológico, não tendo um plano para seu desenvolvimento, com medidas que primam pela utilização dos recursos de forma sustentável, terá como resultado uma atividade depredatória. Sempre que esta atividade for pautada em um planejamento baseado no estudo e na capacidade de carga que defina a utilização dos sítios arqueológicos sem que haja a degradação, o turismo poderá ser um canal para divulgar a importância histórica das culturas existentes ou que existiram no local. Nesse caso seria um meio para recuperar e manter acesa a memória do lugar.

Os sítios arqueológicos possuem um longo histórico de ações depredatórias, o que torna a situação do patrimônio arqueológico brasileiro bastante delicada. É ainda mais grave porque tais atos são registrados atualmente com certa frequência. As motivações para essas atitudes são variadas, mas o resultado é a perda parcial ou total do registro arqueológico. Tal situação se repete tanto em sítios históricos quanto em pré-históricos.

Para tomarmos como exemplo, o Estado de Santa Catarina possui relevante patrimônio arqueológico pré-histórico, com destaque para a grande quantidade de sambaquis, evidências dos grupos pescadores-caçadores-coletores que habitaram a região litorânea. Sua principal característica é a quantidade de conchas, depositadas por centenas de anos, e a forma monticular. Existem vários sítios sambaquis pesquisados e registrados no sul catarinense.

Esses sítios arqueológicos possuem ao longo dos anos um grande histórico de destruição. Os sambaquis foram destruídos das mais diferentes formas. Inicialmente, foram escavados pelas prefeituras locais, que utilizavam os sedimentos para aterrar estradas; após, indústrias mineradoras exploraram violentamente os sítios para a extração de calcário conchífero. Na década de 1960 promulgada a Lei Federal 3.924 de proteção do patrimônio arqueológico, mas as práticas de depredação se estenderam intensamente até o início da década de 1980. Ainda hoje há registros recentes de vandalismo ao patrimônio regional. 

Atualmente, a expansão imobiliária desordenada e o afã do poder público municipal, que busca apenas a ampliação da captação de Imposto Predial e Territorial Urbano – IPTU, aliados aos ideais de modernidade urbana, geraram muitos loteamentos litorâneos implantados sem planejamento e/ou licenciamento ambiental, colocando em risco o meio ambiente e os patrimônios arqueológicos. Além disso, o aumento demográfico substancial durante o período de veraneio amplia os problemas. Muitos praticantes de esportes radicais, como motocross, jipe cross e sandboarding, que desenvolvem suas atividades diretamente sobre as dunas e sítios arqueológicos, agravam o quadro de destruição.

Por mais que os sítios arqueológicos estejam protegidos por lei e até mesmo cadastrados junto ao banco de dados do IPHAN, sua integridade não está garantida. É de fundamental importância a existência de um programa de gestão do patrimônio arqueológico. 

As pesquisas arqueológicas têm descoberto legados importantes sobre as sociedades humanas passadas. As investigações estão avançando e vêm trazendo à tona a complexidade sociocultural dos grupos que habitaram o território brasileiro. Ainda que algumas ações de educação patrimonial sejam desenvolvidas por parte dos pesquisadores, a população em geral desconhece o histórico dessa ocupação. Aliada às práticas de educação patrimonial, a gestão do turismo arqueológico poderá ser uma alternativa para a proteção dos sítios arqueológicos, auxiliando na difusão e valorização desse legado cultural.

Para a utilização do patrimônio arqueológico como atrativo turístico, é de fundamental importância o planejamento e a gestão da atividade. Os impactos ao meio deverão ser minimizados, para não colocarmos em risco o patrimônio que se insere em uma situação de fragilidade.

Um programa de gestão do turismo arqueológico é de fundamental importância, o processo de desenvolvimento do planejamento envolve diversos fatores. É imprescindível a participação de representantes de organizações públicas e privadas, planejadores e comunidade envolvida. 

Nesse sentido, o turismo arqueológico terá como finalidade o desenvolvimento de uma atividade turística que promova e preserve os sítios arqueológicos, integrando as comunidades locais. Essa integração possibilitará a difusão da cultura de grupos pré-históricos, e a consequente valorização e preservação dos sítios arqueológicos, bem como viabilizará o desenvolvimento econômico local de forma sustentável. 

Dessa forma, o turismo arqueológico será uma importante ferramenta para a valorização do patrimônio arqueológico, promovendo o desenvolvimento deste segmento por meio de planejamento e gestão da atividade, minimizando os impactos negativos, e maximizando a preservação dos bens arqueológicos e a valorização das comunidades locais que vivem nas proximidades dos sítios.

O FAZER PEDAGÓGICO NA UNISUL

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Profª. Luciana Flor Correa Felipe (luciana.flor@unisul.br)  apresenta a
Profª. Adriana Mendonça Destro (adriana.destro@unisul.br)

Minha amiga pesquisadora…

Na matéria desta semana, apresentarei a querida Professora Adriana Mendonça Destro, uma alma incrível, muito animada e comprometida. Casada com o Sr. César Augusto Destro, há mais de 24 anos, é mãe de Caio e Isabela. 

Na Unisul, atua como docente desde 1993, na área de matemática nos cursos de Engenharia, Arquitetura e Urbanismo, Ciências Aeronáuticas, Agronomia, Química, Matemática, Ciências Contábeis e Administração, modalidades presenciais e/ou a distância. Na Pró-Reitoria de Ensino atua na área de projetos pedagógicos de cursos de graduação bacharelados, licenciaturas, tecnólogos, sequenciais e Cursos Técnicos, desde 1998. Coordenou o Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência (PIBID) por quase 8 anos e o Curso de Formação Pedagógica – Uniedu por quase 3 anos. 

Sua atuação tem como abrangência a participação no Fórum Nacional dos Coordenadores Institucionais do Pibid–Forpibid; a Coordenação do Fórum Estadual dos Coordenadores Institucionais do Fórum do Pibid-Forpibid/SC; a Vice Coordenação do Fórum do Pibid Região Sul-Forpibid/Sul; a Presidência da Comissão de Acompanhamento do Pibid/Unisul; a participação do Fórum Estadual Permanente de Apoio à Formação Docente/Santa Catarina (FEPAFD/SC); a integração do Banco de Avaliadores do Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior (BASis). 

Na Unisul atua, principalmente, nos seguintes temas: ensino de matemática, formação de professor e elaboração, análise, avaliação, implementação de projetos pedagógicos de Cursos Técnicos e Cursos de Graduação – Bacharelado/Licenciatura/Tecnologia/Sequenciais. 

Mulher forte, empoderada, organizada e comprometida no planejamento de suas ações, a profa. Adriana tem amplo conhecimento em sua área de atuação com envolvimento mais especificamente na gestão e formação pedagógica. Com a Profa. Adriana “todo dia é um novo dia”. Então, vamos ver o que ela tem a nos dizer. Não tenho dúvidas que a leitura será um deleite…

O fazer pedagógico na Unisul

O Projeto Pedagógico de Curso (PPC) é o documento que esboça o trabalho que se pretende realizar, sendo considerado o instrumento de gestão mais importante utilizado pela Coordenação e pelo Núcleo Docente Estruturante (NDE). O PPC é, portanto, o documento que representa o planejamento e organização do curso possuindo parâmetros que orientam o que será realizado e o que é almejado, como também orienta os docentes no planejamento de sua unidade de aprendizagem, de modo a concretizar a política educacional da instituição.

Na Unisul a equipe técnica da Proeppexi é a instância responsável por orientar a preparação/reformulação do PPC, que, além de ser elaborado de forma coletiva, com a participação da comunidade acadêmica, envolvendo docentes e discentes, deve observar as especificidades próprias de cada área do conhecimento, as Diretrizes Curriculares Nacionais do Ensino Superior (DCN), do Projeto Pedagógico Institucional (PPI), do Plano de Desenvolvimento Institucional (PDI), da comunidade escolar e da região onde o curso está inserido e, ainda, estar comprometido com a inovação. Tudo isso para garantir uma visão de totalidade, que represente a instituição, e sirva como apoio a um processo de ensino e aprendizagem inovador, enquanto fazer educativo e, comprometido com desenvolvimento humano e social.

O PPC deve abordar número de vagas ofertadas; turno de funcionamento; carga horária total; legislação; contexto da IES e do curso; concepção do curso de graduação; objetivos geral e específicos; perfil de formação; fundamentos da gestão acadêmica, pedagógica e administrativa; princípios educacionais a serem adotadas na condução do processo de ensino e aprendizagem; recursos tecnológicos; currículo e sua operacionalização; projeto de certificação, de estágio e trabalho final de curso; processo de avaliação; infraestrutura física, tecnológica e de pessoal; e, atividades complementares. Quando se tratar de cursos oferecidos na modalidade a distância, o PPC deve abordar, também, infraestrutura física, tecnológica e de pessoal dos polos dentre outros elementos exigidos, quando for o caso. Enfim, o PPC é um documento rico, completo e que reflete o compromisso institucional com a educação de qualidade. Se você não conhece o PPC do seu curso ou daquele que pretende cursar, peça ao Coordenador. Na Unisul teremos prazer em lhe apresentar. Até mais!! 

Você sabia?

A Unisul oferece cursos de curta duração nas modalidades presencial e a distância e com opções para estudantes internacionais. Os cursos são abertos a estudantes com ou sem vínculo com a Universidade, que estejam interessados em ampliar seus conhecimentos, complementar seus estudos ou obter uma formação técnico-profissional. Conheça as opções de cursos de curta duração, acesse a lista de cursos e veja como ingressar. Mais informações: http://www.unisul.br/wps/portal/home/como-ingressar/cursos-de-curta-duracao

Fique atento!

Optando pelo processo seletivo do Histórico Escolar, você só precisa ter um certificado de conclusão do ensino médio, fazer sua inscrição e apresentar os documentos exigidos. A inscrição é sem cobrança de taxa e totalmente on line e há possibilidade de ingressar durante todo o semestre, havendo vagas. Os estudantes inscritos a partir de 5/12/2019, com documentação aprovada e dispondo de vagas no curso escolhido, estarão automaticamente matriculados na Unisul. Mais informações: http://www.unisul.br/wps/portal/home/como-ingressar/graduacao/historico-escolar-presencial 

Industrialização

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Satisfatoriamente apresento o amigo pesquisador da semana, professor Marcos Marcelino Mazzucco. Entre suas habilidades encontra-se a vontade de sempre conhecer mais e identificar a origem dos problemas. Busca sempre entender de que forma o conhecimento pode proporcionar uma solução. Sempre a frente de projetos importantes para a região e para a ciência. Procura sempre gerar o desenvolvimento do aluno através do conhecimento técnico e humano. É um entusiasta do empreendedorismo e da inovação. 

Prof. Mazzucco, como é conhecido tradicionalmente na Unisul, é casado há mais de 20 anos com a Marina Pettesen Mazzucco, e pai da Isabela Pettesen Mazzucco, com 18 anos, e acadêmica do primeiro ano do Curso de Arquitetura e Urbanismo da Unisul. 

Nas palavras do Prof. Mazzucco: “Aprendi muito com a Marina, especialmente a olhar para tudo com mais atenção. Com Isabela, aprendi que é preciso mais atenção ainda para entender um pouco do pouco que as experiências nos trazem. Com as centenas de alunos que passaram por mim aprendi a tentar entender as pessoas e não a lê-las. Gosto de pensar que entender é ser crítico, e que ser crítico é guardar a crítica, quando ela tem poucas chances de produzir melhorias. Talvez isto me deixe um pouco mais perto do significado de mediador que se aplica aos professores. Nada mais me significa que viver é aprender.

Engenheiro Químico e Química Industrial formado pela Unisul 1992/1993, Mestre em Engenharia Química pela UFSC (1997) e Doutor em Engenharia de Produção pela UFSC (2003). Atualmente é coordenador do Curso Superior de Tecnologia em Automação Industrial do Curso de Engenharia Química do curso Pós-graduação em Energias Renováveis com ênfase em Sustentabilidade, coordenador do Grupo de Pesquisas em Engenharia de Processos (Engepro) e professor titular das disciplinas “Cinética Química”. “Balanços de Massa e Energia” e “Instrumentação e Controle de Processos” na Unisul. Foi coordenador dos cursos de Engenharia Química e Química Industrial e Gerente de Ensino, Pesquisa e Extensão da Unisul. Suas principias linhas de trabalho incluem controle de processos, redes neurais, algoritmos genéticos, lógica difusa e controle preditivo.

Está semana o prof. Mazzucco traz uma rica reflexão sobre os impactos positivos e negativos da industrialização para o desenvolvimento regional.

Industrialização

Prof. Dr. Marcos Marcelino Mazzucco, Coordenador dos cursos de Engenharia Química e Engenharia de Controle e Automação na Unisul 

(marcos.mazzucco@unisul.br)

Uma cidade é um organismo a serviço das pessoas. Tudo numa cidade é pensado para ser assim, embora, às vezes, se queiram produzir outras perspectivas, as relações entre pessoas e o meio levam, novamente, o ser humano ao primeiro plano. A sustentação desta organização social está no trabalho, pois a proximidade do local deste é uma condição importante na escolha de um indivíduo por seu local de moradia. E isto nos leva a pensar no emprego e no empreendedorismo como ocupações que são condições vitais para que uma cidade exista. 

Essencialmente, os setores industriais e de serviços são os maiores provedores de ocupações que fluidificam as vidas das pessoas e dão forma às cidades. Neste ponto, uma discussão polêmica pode ser introduzida: por quanto tempo é possível estar numa cidade com baixo grau de industrialização? A questão parece ser tola e fácil de responder, mas a resposta ultrapassa o nível individual, quando se pensa nas diversas necessidades de produtos que a sociedade moderna movimenta e em mundo tão heterogêneo. 

Há bens que requerem planos de longo prazo para que as indústrias que os fabriquem possam ser instaladas. Estes planos envolvem várias decisões e a locação é uma delas e, neste nível, a organização e o planejamento de uma cidade contribuem na tomada de decisão. Nos planos dos gestores de nossas cidades e de nosso estado estão metas e ações concretas para proporcionar a instalação de indústrias? Ou a preocupação, predominante, dos gestores está em estabelecer limites, criar leis e ditar procedimentos? Seguramente, se você é um gestor público, seja executivo, legislativo ou judiciário, terá uma resposta, mas se você é um gestor de uma empresa privada ou um empreendedor de porte grande ou pequeno, individual ou informal, responderá de maneira diferente. 

Aqui não está a defesa ou o contraditório da forma como a industrialização é posicionada pela sociedade, em especial por seus representastes políticos ou por seus agentes em serviços públicos, mas está uma provocação para que todos revejamos nossas críticas à industrialização. Ninguém quer ver na rua onde mora várias residências à venda e seus filhos, precisando, ir trabalhar em locais distantes por falta de oportunidades. A produção, a comercialização e o consumo de produtos fabricados localmente são as artérias que levam o fluido do trabalho para os tecidos das cidades, valorizemos muito isso.

Para que a controvérsia se aprofunde, vou introduzir a percepção de muitas organizações sociais e de muitas pessoas sobre a industrialização das cidades e os impactos ao meio ambiente. Com estes elementos quero promover a reflexão sobre dois dos objetivos inclusos em muitos planos de governos, em vários níveis, a promoção do turismo e da informática, especialmente, desenvolvimento de software. Sem dúvida são duas frentes importantes para promover o desenvolvimento de uma cidade, todos querem e isto traz muitas das riquezas que tanto queremos. 

Uma das justificativas é que são atividades “limpas”, mais “sustentáveis”. Mas será que isto produz a proporção dos postos de trabalho necessários para uma população em crescimento, ou nisto se vislumbra a arrecadação de tributos? De onde vem as pessoas que acessam os bens e serviços destes setores? Onde ficam os planos para a indústria? E quem disse que a indústria não é “limpa” e não promove a “sustentabilidade”? 

E, neste ato, trago a defesa da indústria química que, para muitos, é antônimo das palavras destacadas. A indústria química está muito perto de todos e seu maior representante é a construção civil. A indústria da construção civil, é um enorme consumidor de produtos químicos, água, energia e recursos minerais. Então, onde uma nova obra civil começa, muitas indústrias químicas são favorecidas. Isto é bom, mas poderia ser melhor se os fabricantes de materiais para construção civil, e outros consumidores de produtos da indústria química, pudessem estar mais perto dos locais de consumo, pois isto promoveria a distribuição de empregos e a estimulação de novos empreendedores. 

As dificuldades estão em desconcentrar a indústria porque, para muitos produtos, os recursos, materiais e energia, são determinantes da locação, mas também porque as dificuldades para licenciar e operar um novo empreendimento são desestimulantes. E a provocação continua: as universidades não estão sendo atratoras de negócios por suas competências como deveriam ser, seus talentos são pressionados a atender mais a índices de publicação em periódicos e do que em prover soluções tecnológicas. Aqui não está a defesa ou o contraditório da forma como a industrialização é posicionada pela sociedade, em especial por seus representastes políticos ou por seus agentes em serviços públicos, mas está uma provocação para que todos revejamos nossas críticas à industrialização. 

Ninguém quer ver na rua onde mora várias residências à venda e seus filhos, precisando, ir trabalhar em locais distantes por falta de oportunidades. A produção, a comercialização e o consumo de produtos fabricados localmente são as artérias que levam o fluido do trabalho para os tecidos das cidades, valorizemos muito isso.

Você sabia?

O observatório da indústria catarinense da FIESC aponta que a região sul de Santa Catarina atente a 12,1% dos empregos do estado, em penúltimo lugar, na frente, apenas, da região serrana. Em nossa região, a agropecuária, emprega 6%, a indústria 14% e o setor de serviços 11% dos empregados do estado. Na região de Florianópolis predominam os serviços e no Vale do Itajaí a indústria. Em todas as regiões do estado, as microempresas respondem por mais de 85% dos empregos. Na região norte de Santa Catarina e no vale do Itajaí, estão concentrados mais que 70% dos empregos oportunizados por indústrias.

Fique atento!

Nos dias 25 a 29 de novembro de 2019 os cursos de química e engenharia química da Unisul, promovem, no bloco G do campus de Tubarão, às margens da BR-101, a Semana de formação empreendedora. Aplicações de soluções desenvolvidas em indústrias e propostas de novos negócios serão apresentadas e debatidas por professores, alunos e membros da comunidade.

DESIGN DE PRODUTO: PARCEIRO NA INOVAÇÃO SOCIAL

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Meu amigo pesquisador …

Entendendo a vinculação do tema a nossa vida cotidiana, para a proposta desta semana, tenho a honra de apresentar minha amiga pesquisadora Vívian Mara Silva Garcia. Catarinense de Araranguá, graduada em Design de Produto pela Universidade Federal do Rio de Janeiro – UFRJ e mestre em Ciências da Linguagem pela Unisul, Vívian morou cerca de vinte anos no Rio de Janeiro, onde trabalhou em jornais, editoras, publicou livros e foi cocriadora da Impressões do Brasil Editores. Após o nascimento de sua filha, Giovana, em 1997, a família mudou-se para Tubarão. Logo que chegou, foi contratada pela Unisul como redatora do Gabinete do Reitor. Paralelamente, em 1999, criou a marca de surfwear, Mohaai. Assinou a coluna Cibercultura no jornal Notisul, tornando-se visível para a Academia Tubaronense de Letras, onde ocupa a Cadeira nº 24. A partir de 2006, na Unisul, lecionou Design Gráfico nos cursos de Web Design e Multimídia Digital. Em 2009, idealizou o Centro de Design+Artes e o Grupo Carambola Design [Oficinas], que propunham estreita conexão entre Universidade e indústria. Professora no curso de pós-graduação em Gestão da Inovação e Design Estratégico, foi autora do segmento referente ao Design, introduzindo o DesignThinking, em 2012. Ainda na pós-graduação, foi docente em Tecnologia e Inovação de Produtos e A Função Social da Arte. Lecionou História da Arte no curso Design de Moda e em Publicidade e Propaganda. Na licenciatura em Artes Visuais, professora-pesquisadora nas disciplinas Artes Visuais, História da Arte Brasileira, Estética, Cinema e Literatura. Aluna no Doutorado em Design da UFSC, na disciplina Design Thinking. Atualmente é doutoranda em Ciências da Linguagem, Unisul, sendo objeto de pesquisa uma rede japonesa de design, presente em mais de 30 países. Uma profissional exemplar, culta, de alma nobre, forte, determinada – que nos inspira com seu estilo de vida. Um convite ao aprendizado…      

Design de produto: parceiro na inovação social 

O Desenho Industrial [Design de Produto], filho direto da Revolução Industrial, é parceiro da capacidade humana para inovar, criar oportunidades e soluções. Não importa em qual segmento, o design sempre caminhou de mãos dadas com a inovação. A primeira escola de Design, a Bauhaus, fundada em 1919 na Alemanha, nasceu da confluência ou parceria entre arte, indústria e tecnologia. Com o passar dos anos, os caminhos e “descaminhos” do Design o levaram a sintonizar com as demandas da pós-modernidade, assumindo definitivamente um papel fundamental nos processos de inovação social. Papel corroborado pelo International Council of Societies of Industrial Design (ICSID), criado em 1957, que define design como atividade criativa para estabelecer as qualidades multifacetadas de objetos, processos, serviços e seus sistemas em ciclos completos de vida. Portanto, design possui conexão direta com inovação, seja de tecnologias, de produtos ou de serviços, seja realizando intercâmbio cultural e econômico. Desde janeiro de 2017 o ICSID passou a se chamar World Design Organization – WDO (http://wdo.org/) e esse novo formato colocou o Design de Produto como processo estratégico para impulsionar a inovação, levando à melhoria da qualidade de vida das pessoas.

Ao agir efetivamente na transformação social, o design ampliou sua natural interdisciplinaridade e incluiu a Antropologia, trazendo a empatia para os projetos de design centrados nas pessoas [human-centered design] para as quais o projeto efetivamente se destina. Esta é a base do Design Thinking, assim como essa nova forma de projetar é o fundamento do Design Social ou design participativo, que prestigia não somente a busca conjunta de soluções para os problemas que afetam as comunidades, mas considera, sobretudo, a finitude dos recursos naturais – por isso, visa à sustentabilidade e não ao produto em si. Na verdade, o papel social do designer industrial sempre esteve presente, já que seus projetos incluíam um olhar também para pessoas portadoras de alguma limitação física, por exemplo, projetando para elas artefatos, transporte e soluções, como mobiliário hospitalar adequado. O que realmente mudou no decorrer do tempo foi que essa essência social, formadora do designer industrial, levou-o a se afastar de concepções vinculadas ao consumo, à concorrência das empresas e o vinculou preferencialmente às necessidades sociais, mais do que ao status social. 

O Design Social [https://www.youtube.com/watch?v=QSs397-JF-Q] portanto, é um coadjuvante privilegiado na melhoria das condições de vida de determinados grupos, além de fortalecer a mão de obra e os saberes locais. Se considerarmos que as inovações sociais, em geral, demandam novas estratégias, conceitos e métodos para atender a diferentes necessidades sociais, no trabalho, lazer, educação, saúde e tantos outros segmentos, por extensão devemos entender que o design capaz de produzir inovação social não poderia impor um valor universal, mas, sim, resultar de interação e diálogo.

São inúmeros os problemas sociais que ainda aguardam solução e boa parte deles está fora da alçada do design industrial, obviamente, mas vale celebrar cada solução encontrada, mínima que seja, para solucionar ou amenizar os problemas que afetam intensamente o cotidiano das pessoas. Um exemplo já clássico do desenvolvimento de comunidades criativas agindo em conjunto com designers para solucionar seus problemas e criar novas oportunidades, está no HippoWaterRoller Project [https://www.youtube.com/watch?v=KpjcAf35Mjo] – uma ideia simples que resolveu parte do problema de acesso à água em regiões cujas fontes de água potável ficam a quilômetros de distância dos povoados. 

Você sabia?

Existe um movimento chamado Design for Change que, no Brasil, chegou em meados de 2012, e se trata de uma das formas de Design Social voltado para crianças e adolescentes, ajudando-os a se tornarem inovadores e empreendedores de mudanças sociais à medida que aprendem a ter mais empatia e conexão com o ambiente onde vivem. A proposta é levá-los a observar o que precisa e pode ser melhorado e a desenhar uma possível solução e a executar suas ideias. Confiram nos vídeos abaixo e vejam quantas boas ideias e variações delas temos aqui para cocriar, recriar, compartilhar e aplicar com os alunos da Unisul, por exemplo.

https://www.youtube.com/watch?v=JkwmWaP6XXw [Índia]

https://revistatrip.uol.com.br/trip-transformadores/design-for-change [Brasil]  

Fique atento!

Para estudantes de Design, o iF Design Talent Award é um prêmio mundial que reconhece o talento de estudantes e recém-formados em cursos relacionados ao Design. A premiação acontece duas vezes por ano e proporciona aos jovens talentos a chance de mostrar ao mundo suas inovações. Confiram no link quando estarão disponíveis as próximas inscrições!

https://ifworlddesignguide.com/our-awards/student-awards/overview

 

Empreender! De que forma? Meu amigo pesquisador…

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O amigo pesquisador que convidei para abrir o projeto chama-se João Antolino Monteiro. Além de professor e economista tem uma bela família. Casado com a Sra. Neusi há mais de 30 anos, é pai de Eduardo, João Marcos e Pedro Augusto, e avô de Giulia e Lorenzo. 

Na UNISUL, atua como docente desde 2003; no ensino presencial nos cursos de Administração, Ciências contábeis e Medicina veterinária. E, no ensino a distância, coordena o curso de Pós-graduação em Gestão de Cooperativas de Crédito e participa do Projeto de extensão de Empreendedorismo e Inovação. 

Ainda coordena um Projeto de Extensão no campus Tubarão, em Economia Solidária e Arranjos Produtivos Locais: incentivo à inovação e ao empreendedorismo. Sua atuação ainda abrange a participação no Fórum Regional de Economia Solidária de Tubarão e a realização de oficinas, palestras e formação na área de economia solidária. 

Com seu jeito simples e cativante, o prof. João tem amplo reconhecimento em sua área de atuação, pois além de pesquisar e trabalhar com a economia solidária, esse é o seu modo de vida. Por isso, está sempre envolvido em feiras de sementes, hortas (para consumo próprio e comunitárias) e em trabalhos sociais. Com o Prof. João “não há tempo ruim”. Vamos ver o que ele tem a nos dizer sobre empreendedorismo social? Não tenho dúvidas que a leitura será um deleite…

Empreender? De que forma?

Todos os dias um número grande de homens e mulheres se lança à tarefa de construir caminhos para a sua sobrevivência, enfrentando desafios muitas vezes desproporcional aos resultados obtidos. A estes ousamos chamar de empreendedores. Pequenos e grandes negócios, privados e coletivos são iniciados e encerrados todos os dias. 

Segundo a coluna de economia do Globo do dia 26 de marco de 2019, no Brasil foram criados mais de dois milhões e meio de empresas, sendo que oitenta por cento desse total foram microempreendedores individuais (MEI). O número é grandioso, mas ao mesmo tempo preocupante, pois sabemos que muitos desses empresários lançam-se a essa jornada sem estar preparados para gerenciar um pequeno negócio. 

Sabe-se que independentemente do tamanho da empresa, a tarefa de fazer a gestão exige conhecimentos relativos à área administrativa. Além dos empreendedores privados, que buscam a sua sobrevivência, temos os empreendedores coletivos e sociais. Esses empreendedores não buscam somente resolver a sua situação particular, mas sim de um grupo de pessoas ou mesmo comunidades. 

Essas pessoas usam seus talentos para solucionar problemas inerentes à sociedade, focando em pessoas em situação de risco ou vulnerabilidade social. O empreendedor privado e o empreendedor social são diferenciados entre outras coisas pelo lucro. Enquanto o empreendedor privado busca criar lucros para si e para os investidores e o empreendedor social busca transformar a realidade social, criando valor para a comunidade. São inúmeros homens e mulheres que empreendem socialmente.

Hoje trago o exemplo da Associação dos diabéticos infanto juvenil de Tubarão, criada por mães e pais de crianças com diabetes tipo 1 e quem vem ao longo de mais de uma década construindo um olhar coletivo sobre como caminhar e enfrentar a doença. Até mais!!

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Você sabia?

Que a Associação dos Diabéticos Infanto Juvenil de Tubarão – ADIJT realiza um trabalho de educação para o controle do diabetes tipo 1 em crianças, adolescentes e jovens? São em torno de 50 associados que tem na ADIJT um aliado na luta pelos direitos ao suporte a saúde. Visando angariar recursos para sua manutenção e apoio aos associados será realizado um jantar dançante no próximo dia 16. Participe. Contato (48) 99990-9170 (João).

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Fique atento!

A Pós-graduação em Gestão de Cooperativas de Crédito, ofertada na modalidade de educação a distância, aborda os principais âmbitos da administração específicos deste tipo de instituição financeira. O mercado de trabalho é amplo por ser considerado um dos maiores ramos do cooperativismo. O curso poder ser feito por qualquer graduado que deseja alavancar sua carreira em uma área de grande crescimento. Mais informações: www.unisul.br 

Professora Luciana Flor Correa Felipe: luciana.flor@unisul.br 

Professor João Antolino Monteiro: joaoantolino@gmail.com. 

Novo projeto Unisul Agetec: Meu amigo pesquisador

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Todos sabem que o conhecimento científico é extremamente valioso para a sociedade. Sabem também, que é a partir do conhecimento que surgem as inovações sociais e tecnológicas. Contudo, apesar desse consenso, o conhecimento científico tem um percentual relativamente pequeno de seguidores na sociedade mundial, principalmente, quando comparado com outros tipos de conhecimento e/ou assuntos. E, em grande parte, isso deve-se ao fato dos pesquisadores não possuírem meios adequados para apresentar e veicular seus trabalhos fora dos seus círculos profissionais. 

Ciente desta realidade e, com o intuito de aproximar o conhecimento científico de um público amplo, que passou (ou não) pela universidade e, buscando aculturar e gerar debates qualificados sobre temas relacionados a inovação e empreendedorismo, a Agência de Inovação e Empreendedorismo da UNISUL – AGETEC elaborou o projeto “Meu amigo pesquisador”. 

Assim, a partir da próxima quarta-feira (13), a cada semana os 3 articulistas principais da AGETEC (Luciana Flor Correa Felipe, Kelly Mendes Gonçalves Boneli e Jonas Schneider), apresentarão à sociedade, pesquisadores, provedores de soluções e/ou técnicos das mais diversas áreas do conhecimento da Universidade que, com grande propriedade e linguagem acessível, discorrerão sobre assuntos importantes e interessantes na área da ciência, da inovação e do empreendedorismo; aproximando desta forma, ainda mais a comunidade da universidade. 

Discorrer sobre um determinado tema não restringe-se, no entanto, a escrever sobre algo; antes disso, pressupõe contextualizá-lo e situá-lo no cenário onde se insere, no qual interfere e do qual recebe interferências. Bem como, explicitar para quê e para quem pode ser útil e quais seus rebatimentos e implicações na vida social. Neste sentido, o projeto cumprirá o papel de popularização do conhecimento e dos benefícios provenientes do desenvolvimento científico-tecnológico, qualificando ainda mais a população para a participação e o controle social. 

Os leitores também terão um papel crucial, pois serão convidados a refletir e discutir os conteúdos, fazer contribuições e sugestões.  E porque esperar até a próxima semana para iniciar a interatividade? Comece nos dizendo o que achou do projeto. Sua opinião será sempre muito bem-vinda e só assim a inovação cumprirá efetivamente seu papel. 

Professora Luciana Flor Correa Felipe 

luciana.flor@unisul.br

Do papel às plataformas digitais: um novo ciclo de inovação para o jornal notisul

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É inegável que o perfil dos leitores de jornais, revistas, livros ou publicações em geral, mudou nos últimos anos. E, para se manter ativo no competitivo mercado da comunicação é fundamental apostar e revitalizar os meios de difusão da informação com criatividade e inovação. Afinal, é preciso oferecer aos leitores e anunciantes produtos que atendam suas expectativas e necessidades, sem perder o comprometimento com a sociedade. Nesse sentido, a produção e transição de conteúdos informativos para plataformas digitais, vem se mostrando, como um novo e necessário ciclo de inovação em empresas jornalísticas que, viviam (ou ainda vivem), um fluxo de trabalho até então regrado pelo ritmo do impresso. De acordo com Zélia Leal Adghirni (2005), “mais do que o exercício de uma profissão, a imagem do jornalista foi historicamente construída calcada sobre os ideais nobres da democracia, da justiça e da liberdade”, o que lhe denota um grande compromisso social. No entanto, as mudanças decorridas com a inserção e difusão das novas tecnologias no cotidiano profissional, impulsionaram novas demandas para este meio de comunicação, como a interatividade, a instantaneidade e a convergência midiática, fazendo com que o papel social do jornalismo fosse sendo otimizado nas sociedades contemporâneas. Com a popularização das redes sociais, não há mais necessidade de esperar pelo fechamento da edição para noticiar algo urgente ou alguma novidade que esteja ocorrendo na cidade. Além disso, esse tipo de plataforma também pode ser útil para disponibilizar edições antigas do jornal aos usuários, o que tende a favorecer e incentivar a pesquisa, o controle social ou simplesmente a retomada de fatos marcantes. Diante desta realidade, após mais de 30 anos trabalhando com o formato impresso, a partir do dia 1º o Jornal Notisul inicia uma nova fase, operando apenas no formato digital. Embora pareça uma ação simples, além da carga emocional, cultural e de coragem que tal ação carrega em si, o ciclo de inovação dessa mudança, ou seja, a sequência de atividades, que vão da ideia até a aplicação prática no dia a dia da empresa, iniciou em janeiro de 2017, quando além do impresso, o jornal também passou a operar com o formato on line. Mais do que sintonia com a modernidade, a inovação e o empreendedorismo, essa mudança denota atitude diante das recorrentes queixas sobre a crise do jornalismo e, zelo pelos princípios da democracia, da justiça e da liberdade. Ter uma presença forte na internet, significa assegurar, estimular e permitir que as pessoas manifestem suas opiniões sobre as notícias e matérias, debatam sobre o que está sendo dito e sejam parceiras do jornal, enviando ideias de reportagens, fazendo denúncias, mostrando realidades e enaltecendo atitudes nobres. Ou seja, é uma forma de tornar o jornal vivo, atuante, presente e participante na inevitável transformação da sociedade. Vamos sentir saudades, mas é momento de brindar o novo!

Você sabia!

A Fapesc está recebendo propostas de empresas catarinenses para a concessão de recursos de subvenção econômica (recursos não reembolsáveis) por meio do Programa Tecnova SC II, que visa o desenvolvimento de produtos (bens ou serviços) e/ou processos inovadores – novos ou significativamente aprimorados (pelo menos para o mercado nacional) – para o desenvolvimento dos setores econômicos considerados estratégicos nas políticas públicas federais e aderentes à política pública de inovação do estado. Mais informações: http://www.fapesc.sc.gov.br/edital-de-chamada-publica-fapesc-no-12-2019-tecnova-sc-ii/ _

Fique atento!
A Fapesc irá reconhecer, os esforços para o desenvolvimento dos ecossistemas de inovação e empreendedorismo do Estado de Santa Catarina, por meio do Prêmio Stemmer Inovação Catarinense. Serão premiadas iniciativas em 11 categorias. Os três primeiros lugares de cada categoria receberão certificados, troféus e premiação em dinheiro, sendo R$ 15 mil para os primeiros lugares, R$ 10 mil para os segundos e R$ 5 mil para os terceiros lugares.  As inscrições seguem até amanhã, 1º de novembro. Mais informações: http://www.fapesc.sc.gov.br/premio-stemmer-esta-com-inscricoes-abertas/

Fique muito atento!
A partir da próxima quarta-feira (6), a cada semana os articulistas da Agência de Inovação e Empreendedorismo da Unisul (Agetec), apresentarão à sociedade, pesquisadores, provedores de soluções, técnicos de áreas do conhecimento da Unisul que, com grande propriedade, discorrerão sobre assuntos importantes e interessantes na área da inovação e do empreendedorismo. A ação faz parte do projeto ‘Meu Amigo Pesquisador’ idealizado pela Agência para aproximar ainda mais a comunidade da universidade.

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