sábado, 18 maio , 2024
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A importância da capacitação além graduação dos novos engenheiros civis

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Um dos mais importantes setores da indústria, e que oferece suporte para os demais é o da construção civil. Existem hoje atuantes no país por volta de 90 mil engenheiros civis. Sua formação profissional tem como base as prerrogativas da lei 5194/1966 Congresso Nacional e da resolução do Confea 1073/2016. Suas atribuições profissionais são voltadas a atuarem em planejamento, projeto, execução de obras de construção civil que envolvam geotecnia e estruturas, além de outros segmentos de atuação.

Contundo, uma das principais demandas do mercado é a de terapia das estruturas idosas que o Brasil possui. Com base nos picos de investimento expressivos em infraestrutura e habitação no Brasil, o país possui pelo menos 80% das suas edificações e obras de infraestrutura com mais de 25 anos. Além das varias obras com mais de 50 anos – idade esta de vida útil para edificações construídas após 2013.

Isto quer dizer, que o país necessita de engenheiros com especialidade em lidar com estruturas antigas, especializados em patologia das construções, com conhecimentos avançados em analise de estruturas e materiais de construção com foco em desempenho e durabilidade. Seriam estes engenheiros, segundo comentário do professor Enio Pazini – referência mundial em terapia das estruturas, durante o 61º Congresso Brasileiro do Concreto realizado em Fortaleza-CE os geriatras das obras civis. Sua palestra sobre durabilidade e estabilidade estrutural ocorre dois dias depois da Ruína do Edifício Andrea situado no bairro Dionísio Torres, área nobre da mesma cidade do evento.

A necessidade de intervenção nesta estrutura que possuía mais de 37 anos foi devida incompatibilidade dos materiais utilizados com o ambiente onde a edificação estava inserida frente a vida útil e durabilidade requeridas para uma edificação habitacional, mesmo ela tendo sido construída em época que não havia especificação de prazo mínimo de vida útil. Esta situação desencadeou problemas de corrosão generalizadas nas armaduras em, pelos menos, 135 focos apontados por uma empresa que forneceu um relatório de uma vistoria preliminar para então propor um orçamento para as intervenções necessárias. Cabe aqui um questionamento – esta equipe de profissionais foi remunerada pelo serviço de vistoria realizado para então fornecer o orçamento das intervenções? Reflita da seguinte forma – se você precisa ir ao médico, você agenda com alguns dias, em muitos casos meses, de antecedência, paga adiantado pela consulta para que ele solicite uma série de exames. Com os resultados dos exames em mãos, você retorna ao médico para que ele estabeleça o diagnóstico, se houver a necessidade de alguma terapia, ou intervenção mais invasiva (uma cirurgia, por exemplo) ele encaminhará você para um outro especialista, não mais em diagnóstico, mas agora em terapia e intervenção do mesmo problema. Você por sua vez buscará fazer com um profissional de referência, não com aquele que lhe fornecer o serviço pelo menor valor, certo?

Ou empresa forneceu um orçamento para realizar as intervenções, desta vez sem ter feito um diagnóstico prévio da situação da edificação, de acordo com as informações divulgadas, o orçamento desta segunda empresa teve valor com valor 30% abaixo daquela empresa que fez a avaliação preliminar. Em muitas situações voltamos nossa atenção apenas para o valor monetário, e não à qualidade do serviço quando se trata da construção civil. Assim, a empresa 30% mais “barato” foi a contratada.

No início das atividades de recuperação da degradação das estruturas ocorreu a ruína do edifício, ferindo e levando a óbito alguns usuários da edificação. Analisando as mídias disponíveis e as informações publicadas, as intervenções iniciaram pela retirada do concreto de cobrimento das armaduras dos pilares do pavimento térreo, sem a realização do escoramento do pavimento. Isto foi feito em alguns dos pilares, que já estavam com sua capacidade portante comprometida, levando a edificação a colapso.

Como sempre comenta em suas falas, o professor Paulo Helene – uma das principais referências em patologia das construções no Brasil e no mundo, e que formou outros muitos bons profissionais nesta área – O que aprendemos com os erros da engenharia civil?

Podemos analisar pelo seguinte ponto de vista – se um médico errar, há a probabilidade real de ele levar a óbito uma pessoa por vez… enquanto que se um engenheiro que foi contratado para fazer uma intervenção em “um paciente” com sintomas avançados cometeu um simples equívoco, porém fatal, e, por ser em um horário que poucas pessoas normalmente estão em casa, feriu 7 pessoas, e levou 9 a óbito.

Um médico para chegar a posição de especialista em intervenções invasivas, o que poderíamos relacionar com a uma recuperação estrutural deve passar, durante seu treinamento por 6 anos de graduação em período integral, sendo o último ano em internato auxiliando e acompanhando de perto profissionais mais já plenamente treinados e com capacidade de ensinar outros futuros profissionais. Depois da graduação eles passam por mais, em média, 3 anos de residência para uma área de seu interesse de atuação. Dependendo da área, como cardiologia, por exemplo, eles precisam de 3 anos de preparo na área de clínica geral para então ingressarem em outros 3 na área de interesse. E os engenheiros civil? Passamos por 5 anos de graduação, em algumas universidades, além ser possível fazer isso na modalidade EaD. A pelo menos 10 anos, a maioria dos cursos de graduação em Engenharia Civil não é mais integral, reduzindo a carga horária de mais de 5500 para 3600 horas (mínimo estabelecido pelo MEC, hoje). Feito isso, possui todas as atribuições conferidas pela lei 5194/1966 e pode atuar em todas áreas aqui mencionadas, incluindo uma intervenção para recuperar uma estrutura degradada… Penso que algo deve ser revisto com certa urgência.


Você sabia!

O curso de Engenharia Civil da UNISUL em busca de continuar contribuindo para o aprimoramento dos profissionais da construção civil lançou em 2019 dois novos cursos de Especialização – Patologia das Construção e Tecnologia do Concreto, com grandes nomes da Engenharia Civil nacional no seu corpo docente.


Fique atento!

Até o dia 24 de janeiro 2020 estão abertas as inscrições para o curso de Engenharia Civil da Unisul pelo histórico escolar para 2020-1.

A pesquisa arqueológica, licenciamento ambiental e desenvolvimento regional: o caso do sítio Sambaqui Cabeçuda 01

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No ano de 2012, no âmbito do licenciamento ambiental da BR 101 – trecho Ponte Anita Garibaldi – foi desenvolvido uma escavação arqueológica na área de construção dos pilares de apoio da ponte, que seria construído sobre o sítio Sambaqui Cabeçuda 01 – Município de Laguna – SC.

Naquele contexto foi executado um programa de salvamento, monitoramento e promoção do patrimônio arqueológico na área de ampliação da BR 101-Sul. O projeto foi baseado num quadro legislativo que garante a salvaguarda e regula a pesquisa que envolvem sítios arqueológicos no Brasil. A Constituição Federal de 1988 reconhece os sítios arqueológicos como patrimônio nacional, a Lei Federal nº 3.924 de 1961 em consonância com a Constituição atribuí a preservação dos sítios arqueológicos ao poder público. Porém, no âmbito do licenciamento ambiental, somente a partir da década de 1980 passa a ser exigido um estudo acerca do impacto de grandes empreendimentos ao patrimônio arqueológico, dentre algumas regulamentações podemos destacar a Resolução Conama 001/1986, a Lei Federal de Crimes Ambientais – Lei nº 9.605/1998, a Portaria Interministerial 001/2015.

O sítio Cabeçuda 01 é um sítio do tipo sambaqui, foi construído pelos grupos sambaquieiros em um lugar estratégico e privilegiado, margeado por duas lagoas, a Santo Antônio, na porção sul, e a Imaruí, na face norte. As pesquisas arqueológicas desenvolvidas até o momento indicam que este sítio começou a ser construído há mais de quatro mil anos. Está localizado em uma área de grande potencial para captura de conchas, material construtivo base de um sambaqui. Este sítio possui um porte monumental, o que lhe confere notável visibilidade, é conhecido desde os tempos coloniais, entretanto passou por vários processos que o impactaram severamente, desde atividades de exploração de conchas para fins construtivos (aterros, estradas, casas, etc.) ou industriais (produção de cal, por exemplo). No início do Século 20 o sambaqui foi cortado pela construção da ferrovia, primeiro caminho construído no local, posteriormente, pela rodovia BR 101, adquirindo o aspecto que tem hoje, ao menos na face norte/nordeste, alvo das intervenções realizadas no estudo desenvolvido no âmbito do licenciamento ambiental para a construção da Ponte Anita Garibaldi. O sítio Cabeçuda 01 foi o primeiro sítio sambaqui sistematicamente escavado, na década de 1950, pelo então pesquisador do Museu Nacional do Rio de Janeiro, Luís de Castro Faria. No ano de 2010 em um projeto acadêmico coordenado por pesquisadores da UFRJ / Museu Nacional com a participação do Grupep – Grupo de Pesquisa em Educação Patrimonial e Arqueologia, retomou as pesquisas neste sítio.

Devido às condições emergenciais e à repercussão na mídia, esta escavação arqueológica, coordenada pela então professora da Unisul, Deisi Farias, e a equipe do Grupep (no ano de 2012) teve grande visibilidade. Uma das áreas da escavação realizada demonstrou um grande potencial arqueológico – o local de implementação do pilar 10 da ponte. Dessa área foram escavados 20 sepultamentos humanos – um sepultamento foi retirado integralmente com o sedimento, foi levado para ser escavado no laboratório do Grupep – neste mesmo contexto, se coletou artefatos arqueológicos produzidos em ossos de animais e em pedra, além da documentação de diversas evidências. Todo o material coletado nesta etapa de escavação em 2012 encontra-se hoje na reserva técnica do Grupep / Unisul.

Você sabia!
Para o licenciamento de empreendimentos – loteamento, construção de rodovias, pontes, centros comerciais, parques – é necessário a realização de estudos do meio ambiente, inserido neste contexto, é desenvolvido a pesquisa arqueológica. Para tanto é preciso contratar uma equipe de arqueologia especializada para realizar diagnóstico, prospecção e quando necessário o salvamento/escavação do sítio arqueológico. Para maiores informações busque o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional – Iphan, órgão federal responsável pela gestão do patrimônio arqueológico.

Fique atento!
No Estado de Santa Catarina tem-se mais de 1750 sítios arqueológico registrados, referentes às ocupações mais antigas de nosso território até sítio referente ao período industrial do território. Se você se interessa pela temática e quer conhecer alguns dos artefatos encontrados em sítios arqueológicos da nossa região, entre em contato e agende uma visite ao espaço do Grupep na Unisul através do telefone 3621-3195 ou no Instagran @grupep.arqueologia.

Fomento para projetos de inovação e empreendedorismo: isso existe? Onde?

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Era uma vez um empreendedor que tinha uma ótima ideia, um grande potencial para levá-la em frente, muitas perspectivas de torna-la um negócio, mas que por não possuir recursos para desenvolver seu projeto… Opa! Vamos melhorar o final dessa história!

Sim, apesar de poucos, há alguns caminhos para conseguir recursos para levar sua ideia em frente. O melhor deles é a subvenção econômica. Essa modalidade de apoio financeiro consiste na aplicação de recursos públicos não reembolsáveis (isso mesmo, que não precisam ser devolvidos) pelos governos municipais, estaduais e/ou federal, diretamente em empreendedores e empresas, como forma de compartilhamento dos custos e riscos inerentes as atividades de inovação e empreendedorismo.

O marco regulatório que viabiliza a concessão de subvenção econômica foi estabelecido a partir da aprovação da Lei 10.973/2004 (Lei da Inovação) que foi regulamentada pelo Decreto 5.563/2005. Essa modalidade de fomento é vocacionada para a promoção da inovação nas empresas do País e, para sua operacionalização a partir de 2013, começaram a ser lançados editais temáticos de subvenção, que contribuem para que as empresas contempladas criem tecnologia, produtos, processos, projetos ou negócios, sem a necessidade de devolução futura do capital, como é o caso dos empréstimos ou financiamentos.

A subvenção econômica é o recurso mais usado por todos os países da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) e por vários países emergentes bem-sucedidos. Para ter acesso aos recursos, as empresas participam de editais lançados por agências de fomento.

O primeiro passo para obter este tipo de recurso é identificar um edital onde seu projeto seja elegível para receber este tipo de dinheiro. Em âmbito federal, você pode procurar editais dessa natureza na Financiadora de Estudos e Pesquisas (Finep), na esfera estadual pode buscar na Fundação de Amparo à Pesquisa e Inovação do Estado de Santa Catarina (Fapesc) e, na escala municipal (Tubarão) pode participar do Edital para Soluções Inovadoras na Área da Saúde, do Fundo Municipal de Ciência, Tecnologia e Inovação. 

Em linhas gerais, em qualquer uma dessas fontes, o projeto submetido precisa ter uma grande interface com a inovação. Também precisa demonstrar relevante potencial de mercado e escalabilidade; afinal ninguém vai aportar recursos para desenvolver algo que não possa crescer ou que não vá ter mercado. Ainda é importante demonstrar expertise para levar em frente a execução do projeto, além de alinhamento ao principal objetivo dos programas de subvenção econômica, que é o de promover o aumento das atividades de inovação e o incremento da competitividade das empresas e da economia do País.

Opa! Depois dessas informações acho que o final da história poderia ficar assim… Era uma vez um empreendedor que tinha uma ótima ideia, um grande potencial para leva-la em frente, muitas perspectivas de torna-la um negócio, mas que por não possuir recursos para desenvolver seu projeto, procurou fontes de fomento adequadas, submeteu sua proposta e conseguiu um bom dinheiro para começar…

Você sabia!
O Conselho Municipal de Ciência, Tecnologia e Inovação, lançou um edital para selecionar projetos de inovação com foco na área de saúde. Os recursos, no valor total de R$ 250 mil, vêm do recém-criado Fundo Municipal de Ciência, Tecnologia e Inovação e serão destinados para até cinco projetos, que receberão cada um valor de até R$ 50 mil. Podem participar pessoas físicas e/ou jurídicas que tenham projetos de desenvolvimento de aplicativos, equipamentos ou ferramentas tecnológicas, bem como soluções para melhorar a gestão e os serviços na área de saúde. O prazo para submissão finaliza no próximo domingo. O edital completo pode ser acessado em: http://bit.ly/2lLRmK2.

Fique atento!
Ocorre, a partir das 16h30, no auditório de Coworking do Uniparque (Shopping Unisul), a capacitação sobre o Edital Público de Apoio a Soluções Inovadoras na Área da Saúde. Se você tem dúvidas sobre o enquadramento de seu projeto ao edital, se não conseguiu entender os regramentos ou deseja conhecer melhor essa modalidade de apoio ao empreendedorismo, venha conversar com uma equipe especializada no assunto. O evento é aberto a comunidade.

Cannabis medicinal: uma velha alternativa para uma nova esperança

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Você que me lê neste momento certamente já ouviu falar, nos últimos anos, da possibilidade de uso medicinal da cannabis sp, planta popularmente conhecida por dar origem à maconha, não ouviu? Além de ouvir falar nessa possibilidade, sou capaz de afirmar que você tem alguma opinião formada sobre este assunto, provavelmente sustentada em algum conhecimento que você eventualmente possa ter, não é mesmo? A pergunta que fica é: o que você sabe, de onde vem esse conhecimento, no que ele está embasado? Pergunto isso porque vivemos em tempos onde todos parecem ser um pouco doutores de tudo, mas, na verdade, o que se tem é aquilo que eu chamo de “síndrome de Chicó”, aquele carismático personagem do filme “O Alto da Compadecida” que costumava proferir a célebre frase: “não sei, só sei que foi assim”. Em relação à cannabis medicinal é mais ou menos desta maneira que acontece, ou seja, todos têm uma opinião embasada em algum conhecimento, o problema é que nem sempre esse conhecimento vem de uma fonte confiável, se é que há uma fonte (o já comentado “só sei que foi assim”). Por isso a importância do conhecimento com responsabilidade, sobretudo no que diz respeito a este assunto, pois a cannabis medicinal é uma alternativa bastante antiga que surge como uma nova esperança para muitos pacientes.

O uso medicinal da cannabis vem de tempos muito longevos, desde de pelo menos 2700 a.C., de onde surgem os primeiros registros atribuídos ao imperador chinês ShenNeng, o qual prescrevia chá de cannabis para o tratamento de gota, reumatismo, malária, dentre outras possibilidades. Atualmente, muitas evidências científicas importantes veem sustentando de forma contundente o uso medicinal desta planta. Fato este que fez a prestigiada revista científica Nature dedicar duas de suas edições (set/2015 e ago/2019) inteiramente para falar destas evidências. Segundo artigo publicado na edição de 2015 da revista, “a cannabis é a chave do tesouro da farmacologia atual” (Owens, B., 2015, Nature). Dentre todas as possibilidades, a que vem ganhando mais destaque na mídia nos últimos tempos tem sido a utilização de extratos da planta no combate de epilepsias refratárias, ou seja, aquelas que não respondem a nenhum outro medicamento. Neste sentido, os medicamentos à base dos canabinoides têm sido a melhor esperança farmacológica que surgiu nos últimos anos para estes pacientes, muitos destes crianças que encontraram neste medicamento a única alternativa para reduzir suas severas crises convulsivas (para entender estes casos, sugiro que assistam ao documentário “Ilegal – A Vida Não Espera”, disponível gratuitamente no YouTube).

A cannabis medicinal deve ser vista como qualquer outro medicamento, algo que altera funções do organismo e que se manipulada de forma correta e responsável por profissionais capacitados, essa alteração poderá trazer benefícios à saúde de muitas pessoas. As farmácias e as nossas casas estão cheias deste tipo de substância, várias delas inclusive muito mais nocivas do que a cannabis medicinal. A diferença é que, no caso da planta em questão, temos a tendência do olhar acalorado e acabamos por focar, muitas vezes, na ilusão dos extremos, quando deveríamos simplesmente olhar de forma mais racional e menos emocional, como costumamos fazer com qualquer outro medicamento.

Você sabia!
Em 2005 a Anvisa retirou o canabidiol (CBD), constituinte extraído da Cannabis, da lista de proibidos e liberou a importação para consumo próprio, com as devidas indicações médicas (e um bocado de burocracia).  Desde então, medicamentos à base de CBD já foram prescritos por mais de mil médicos e cerca de dez mil pacientes já conseguiram autorização para importação, possibilitando o tratamento de doenças como epilepsia, esclerose múltipla, Alzheimer, Parkinson, etc.. A burocracia e o alto custo de importação são os principais entraves para o tratamento, levando várias famílias a solicitar na justiça que o SUS banque estes custos, ou até mesmo a solicitar autorização para o plantio e produção do medicamento em casa. Atualmente, mais de 35 famílias conseguiram habeas corpus preventivos para cultivar a planta para fins medicinais. Este ano a Anvisa abriu consulta pública para tratar do tema, havendo uma expectativa de que ainda em outubro a regulamentação para o plantio e produção destes medicamentos aqui no Brasil “saia da gaveta”, tornando o tratamento mais acessível e, assim, podendo beneficiar mais de dez milhões de brasileiros.

Fique atento!
O Programa de Pós-Graduação em Ciência da Saúde (PPGCS) da Unisul, por meio da linha de pesquisa em Neurociência, conta com professores que coordenam diferentes projetos de pesquisa utilizando medicamentos à base de canabinoides. Essas pesquisas testam esses medicamentos em modelos experimentais que vão do autismo à obesidade, do nível molecular ao comportamental. Se você tem interesse em ser um pesquisador desta área, fique atento aos editais de mestrado e doutorado do PPGCS acessando a página da Unisul (www.unisul.br), no link “Mestrado e Doutorado”. Confere lá!

Inovar, criar, estimular, experimentar: onde está a ithaca do empreendedor?

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Há pessoas que inspiram nossas vidas por suas experiências, pelas suas capacidades de nos estimular a acreditar que somos capazes de fazer aquilo que duvidamos ser possível, pela simplicidade ou complexidade de suas criações e pelo poder de gerar ideias e soluções inovadoras. Inovar, criar, estimular e experimentar são algumas das virtudes dos empreendedores, pessoas, em todos os níveis de formação, de todas as idades e de todos os lugares que acreditam que suas ideias satisfarão suas necessidades, as de outros ou, até criarão novas necessidades. Muitos empreendedores investem tempo, emoções e dinheiro em propostas que a maioria das pessoas não acredita. Observe que há alguém próximo a você, um amigo ou quem sabe o pai, a mãe, um irmão, uma tia, um professor, que tem a imaginação que parece em ebulição.

Outras vezes você se sente assim e pensa por quê os outros não querem ou não tem disponibilidade de compartilhar de sua vontade de fazer algo (empreendedores sociais sofrem muito deste sentimento). Muitas vezes a força de uns, impulsiona os outros, tive professores na universidade que são o exemplo disto e destaco o professor Ismael Pedro Bortoluzzi e a professora Maria Lúcia Soares Cochlar.

Olhar o que motiva estes indivíduos empreendedores especiais é como aplacar nossos medos, limitações e sentimentos de incompletude. Se você quer ouvir, algo que possa explicar um pouco da jornada de um empreendedor, junte um poema épico, uma voz forte e uma música de encher a alma.

Minha sugestão é o poema Ithaca do poeta grego Constantine Peter Cavafy escrito em 1911.

Provavelmente, muitos dos que leem este texto nunca ouviram falar deste poeta, mas sabem quem são Sean Connery e Evángelos Odysséas Papathanassíu (Vangelis).

O primeiro é um ator escocês, dono de uma voz ecoante, digna de um “James Bond” e o último é um músico grego e criador de peças musicais únicas, adotadas em filmes como “Blade runner” ou na série e TV “Cosmos”. Escreva no seu buscador da Internet preferido as palavras “Ithaca (Legendado em português)”, respire fundo, se concentre nas imagens e no texto. Os shows da narração e da música completam o cenário de contemplação. A tradução livre começa assim:

“Quando começares tua viagem para Ithaca, reza para que o caminho seja longo, cheio de aventura e de conhecimento” e em outro trecho,  descrevendo os medos, continua  “…você não os encontrará a menos que você os traga dentro da sua alma, a menos que sua alma os coloque diante de você…” e, falando das conquistas, enfatiza “…podem haver muitas manhãs de verão quando, com que prazer, que alegria, você entra nos portos, os quais vê pela primeira vez;…você pode parar nas estações comerciais fenícias para comprar coisas boas… e aprender novamente com quem sabe…” e traz a reflexão “…Mas não apresse a jornada. Melhor se durar anos, para que você esteja velho quando chegar à ilha, rico com tudo o que você ganhou no caminho, não esperando que Ithaca o faça rico…”.

Se estas palavras vibraram em você, certamente queres saber como termina o poema; o final deixo para os curiosos para que se fartem com a essência de uma jornada e descubram de onde vem a inspiração de um empreendedor.

Você sabia?
A segunda edição do Innovation Summit SC, ocorrerá nos próximo dias 10 e 11, na Arena Multiuso, em Tubarão. A iniciativa e organização é do Conselho Municipal de Ciência, Tecnologia e Inovação de Tubarão. O evento envolve universidades e escolas, empresas e o governo. O público são empresários, investidores, estudantes, governantes e todos aqueles que querem fazer parte do movimento empreendedor na região. Mais informações: https://minhaentrada.com.br/planos/isummit?gclid=CjwKCAjw2qHsBRAGEiwAMbPoDO4XYsCCqbWCTaR5HgLBF-P8nBzraa77e0xfdeg5SODODzN_jP-cPxoCZE4QAvD_BwE.

Fique atento!

Hoje e amanhã, a Unisul promove, no Espaço Integrado de Artes, em Tubarão, a Vitrine das profissões. Uma viagem por vários cursos de graduação, com a oportunidade de conversar com professores e alunos sobre as atuações profissionais em vários setores num ambiente descontraído e familiar. Mais informações: http://hoje.unisul.br/comecam-os-preparativos-para-a-vitrine-das-profissoes/.

Adolescentes empreendedores: por que não?

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Quando se fala de pessoas empreendedoras, muitos imaginam que está se falando de jovens e adultos – o que de certa forma, procede. Afinal, a vontade de empreender tem atingido principalmente esses públicos. Mas, muitos adolescentes também estão cheios de ideias surpreendentes e inovadoras. Ideias que podem ter grande sucesso de mercado e inspirar muita gente “grande”, a estruturar seus negócios. Isto porque, o diferencial está justamente nas fantasias que os adolescentes possuem, e muitas delas podem se transformar em extraordinários empreendimentos.

Já parou para pensar nisso?
A facilidade de acesso a informações e o avanço da tecnologia, tem impulsionado cada vez mais adolescentes ao mundo do empreendedorismo; eles são intuitivos, unem paixão e inovação e começam, na maioria das vezes, focando em soluções para problemas reais de seu próprio cotidiano. Essa faixa etária, em geral, não tem medo de correr riscos e, além disso, está disposta a colocar a “mão na massa”. Dados mostram que o número de jovens de 18 a 35 anos que deu esse primeiro passo aumentou para 57%, em 2017.

Isso não significa que os adolescentes devem ser estimulados a cometer atos de loucura em nome de um negócio ou simplesmente, a agir por impulso; mas que devem ser convidados e estimulados a sair um pouco da famosa zona de conforto, e se arriscar. O segredo está em motivá-los a não temer os “ponta pés” que uma vez ou outra a vida pode lhes dar e, mostrar que isso é completamente normal.

Sua vida com certeza vai ter muito mais conquistas que arrependimentos
Conforme Rafaela de Figueiredo, 15 anos, estudante do Colégio Dehon, “se você começa inovando e fazendo algo que deseja, por mais que seja arriscado, sua vida com certeza vai ter muito mais conquistas que arrependimentos. Não podemos ficar perpetuando a monotonia com o incessante medo de fracassar simplesmente por receio de ouvir àquelas três letrinhas: NÃO. Embora gere algum impacto em nosso ego, essa simples palavra não pode nos impedir de realizar algo diferente e de ousar”.

Olhe a vida sob outros prismas
“Pense diferente, tome decisões com base em seus fundamentos, mesmo que a maioria caminhe na direção contrária, acredite em você”, completa Rafaela.

Os adolescentes de hoje, em breve estarão no comando do mundo e é muito favorável que estejam preparados para olhar a vida sob outros horizontes, além do celular. Além disso, o significado de empreendedorismo vai muito além de abrir uma empresa e ultrapassa a barreira dos negócios. Empreender incorpora o desenvolvimento de competências relacionadas à inovação, administração financeira, orçamento pessoal, desenvolvimento sustentável, planejamento, organização e execução de ideias, sempre levando em conta o indivíduo e seu papel na coletividade.
Bora empreender?

Você sabia?
Na quarta-feira da semana passada, ocorreu na Unisul o lançamento do edital de chamamento público 0001/2019, que selecionará projetos de soluções inovadoras que contribuam com questões de interesse da área da saúde. As diretrizes do instrumento foram elaboradas e aprovadas pelo Conselho Municipal de Ciência, Tecnologia e Inovação de Tubarão, hoje presidido pelo Secretário Municipal de Desenvolvimento Econômico e constituído por representantes do Senac, Senai, Sebrae, Unisul, Ifsc, Câmara de Vereadores, Ajet, Ampe, Acit, Sindicont, Atec, CDL.


Fique atento!

O edital de chamamento público 0001/2019 investirá até R$ 250 mil na forma de recursos financeiros não-reembolsáveis, para projetos nos eixos de: 1. Produtos e equipamentos; 2. Softwares e aplicativos; 3. Eficiência na gestão em saúde; 4. Eficiência na prestação de serviços em saúde. Cada projeto aprovado poderá receber até R$ 50 mil. O edital completo pode ser acessado em: http://bit.ly/2lLRmK2.

“Todo mundo gostaria de se mudar para um lugar mágico. Mas são poucos os que têm coragem de tentar.”  Rubem Alves

Compliance e startup

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Por definição, no âmbito institucional e corporativo, compliance está definido como o conjunto de disciplinas a fim de cumprir, e se fazer cumprir, as normas legais e regulamentares, as políticas e as diretrizes estabelecidas para o negócio e para as atividades da instituição ou empresa, bem como evitar, detectar e tratar, quaisquer desvios ou inconformidades que possam ocorrer. O termo compliance tem origem no verbo em inglês to comply, que significa agir de acordo com uma regra, uma instrução interna, um comando ou um pedido (Wikipédia).

De forma sucinta, compliance é o conjunto de esforços para atuar em conformidade com leis e regras inerentes às atividades das empresas, cumprindo a regulamentação vigente na área que atuam. Assim, pode ser entendido como fundamental para o controle dos riscos e para o cumprimento de normas internas e externas.

Diante do cenário brasileiro, o compliance surge como uma ferramenta de defesa da integridade das empresas, preservando seus principais ativos, inclusive os intangíveis, como reputação e imagem. Longe de ser um evento isolado, é um processo contínuo de controle, monitoramento e melhoramento das práticas de gestão empresarial.

Apesar de alguns especialistas acreditarem que esse conceito esteja mais restrito às grandes organizações, sabe-se que a adoção de um adequado programa compliance gera resultados em empresas de pequeno, médio, grande porte e sobretudo, para as startups, pois a criação e o crescimento organizado gera mitigação de riscos presentes e futuros, proporcionando um sistema de prevenção, realização e monitoramento contínuo – com forte atuação preventiva e consultiva.

Como é sabido, a legislação e os regulamentos devem ser observados por todos, o que nos leva a entender a plena aplicabilidade do compliance à essas empresas com parâmetros de implementação menos complexos ou embrionárias, como as startups, devendo ser considerado o tamanho da empresa e a complexidade do programa, não existindo uma solução padronizada que satisfaça a todos os perfis de empresa, tão pouco existiria, uma solução de compliance específica para startups. Assim, há que ser analisado a cultura da empresa, o ambiente operacional, a disposição de risco, bem com a comunicação com todos os stakeholders (grupo de interesse: acionista, investidores, proprietários, empregados, clientes, governo, etc…).

Os benefícios da adoção de um adequando programa de compliance são muitos e podem ser perfeitamente adaptáveis ao modelo de negócios de uma startup, mesmo sendo uma empresa em estágio inicial de desenvolvimento, as responsabilidades empresariais são inerentes, obrigatórias e no Brasil possuem um imenso arcabouço legal, onde o empreendedores precisam se atentar para não sucumbirem em seus negócios por falta de cuidado, no que diz respeito inclusive a constituição e a consolidação de suas atividades.

Portanto, os benefícios vão além da mera observação das exigências e mitigação dos riscos legais, como multas, passivos trabalhistas, ambientais, fiscais, propriedade intelectual, registros de nomes e de marcas e identidade visual. Trazem, ademais, segurança não só a seus idealizadores, mas também – principalmente – aos investidores, pois empresas consideradas integras tem um ganho de imagem, atraem clientes, funcionários, fornecedores e parceiros que adotam a mesma postura.
A cultura do compliance numa startup é um pacto com a ética, com o crescimento econômico e com a responsabilidade e o equilíbrio social.


Você sabia?

Hoje, ocorre na Unisul o lançamento do Edital de Chamamento Público 0001/2019 que selecionará projetos de soluções inovadoras visando contribuir com questões de interesse da área da saúde. O evento de lançamento é aberto a comunidade e ocorrerá às 17h, na Sala 01 do UniParque – 3º piso do Shopping Unisul. Conforme as diretrizes aprovadas pelo Conselho Municipal de Ciência, Tecnologia e Inovação de Tubarão (CMCTI), serão distribuídos na totalidade até R$ 250.000,00 (duzentos e cinquenta mil reais) na forma de recursos financeiros não reembolsáveis, oriundos do Fundo Municipal de Ciência, Tecnologia e Inovação para projetos nos seguintes eixos: produtos e equipamentos; softwares e aplicativos; eficiência na gestão em saúde; eficiência na prestação de serviços em saúde. Cada projeto poderá receber até R$ 50.000,00.


Fique atento!

O CNPq lança Chamada CNPq/MS/SCTIE/Decit Nº 27/2019 – Pesquisas para fortalecimento dos objetivos e diretrizes da Rede de Cuidados à Pessoa com Deficiência no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS), que tem por objeto apoiar projetos de pesquisa que visem contribuir significativamente para o desenvolvimento científico e tecnológico e a inovação do País e para o fortalecimento dos objetivos e diretrizes da Rede de Cuidados à Pessoa com Deficiência no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS). Mais informações e cronograma: http://www.cnpq.br/web/guest/chamadas-publicas?p_p_id=resultadosportlet_WAR_resultadoscnpqportlet_INSTANCE_0ZaM&filtro=abertas&detalha=chamadaDivulgada&idDivulgacao=9162

O financiamento para o empreendedorismo

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O financiamento pode ser entendido como o meio monetário para o desenvolvimento de projetos tais como as iniciativas de incentivo ao empreendedorismo. As políticas públicas, os programas de incentivo e os financiamentos do setor privado são aportes monetários fundamentais para se viabilizar novos empreendimentos. Mas para quem deseja empreender, onde e como buscar o fomento para colocar em prática o seu empreendimento?

São múltiplas as fontes para financiar uma ideia empreendedora. Entre elas, destaca-se os mecanismos de fomento não reembolsável, que podem aportar valores de aproximadamente R$ 100 mil para quem tem uma boa ideia. Para se habilitar a esse tipo de recebimento, o candidato precisa submeter a ideia empreendedora/inovadora e ser aprovado na chamada pública destinada para este fim. No âmbito do estado de Santa Catarina, existem pelos menos dois mecanismos pertencentes a está categoria: O Programa Sinapse da Inovação e o Programa Centelha, este último teve a sua primeira edição encerrada no mês de agosto de 2019.

O investidor anjo é um outro mecanismo apropriado para quem deseja ter uma quantia de capital semente e está disposto a compartilhar parte dos lucros em troca disso. No Brasil, existem algumas fundações que operam como esse negócio e conectam o idealizador de boas ideias aos interessados em aportar recursos em novos negócios. O capital próprio e a abertura de sociedade também são meios de implantar projetos empreendedores. Embora exija um esforço do empreendedor, aportar capital próprio ou em sociedade, é um dos meios de se implantar um novo empreendimento. Neste caso, deve-se redobrar a atenção na gestão de risco do negócio, uma vez que os impactos de eventuais falências podem provocar sérios problemas aos investidores.

Em todo investimento espera-se retorno. Se a origem do fomento for pública ou privada, é premissa que o investimento inicial seja recuperado e que gere superávit para a fonte investidora. Ao buscar os investimentos, também é preciso ter em mente que o projeto requer inovação e potencial de sucesso no mercado. Para melhorar o desenvolvimento econômico e social do estado, é desejável maior esforço da iniciativa pública para aportar recursos financeiros em prol do desenvolvimento da inovação e do empreendedorismo. A participação de investimentos privados é bem-vinda ao ecossistema, mas a participação pública ainda é fundamental para alcançarmos satisfatórios níveis de desenvolvimento.

Você sabia?
Pesquisa realizada pelo Fórum Econômico Mundial no início de 2019, aponta que as organizações contratantes têm valorizado uma combinação de competências, sendo que a criatividade domina o topo da lista. A originalidade, iniciativa e pensamento crítico também são relevantes para o mercado de trabalho devido aos avanços da tecnologia e da automação, que geram novos empregos e exigem mais competências. A pesquisa releva que as organizações buscam profissionais com habilidades pessoais como persuasão, colaboração, adaptabilidade e gerenciamento de tempo. No que tange as competências técnicas, busca-se profissionais com habilidades relacionadas a computação em nuvem, seguida pela inteligência artificial, raciocínio analítico, gestão de pessoas e design da experiência do usuário.

Fique atento!
Está aberta a inscrição para o 8º Prêmio Instituto 3M, os projetos podem ser submetidos até o dia 9 de setembro. Este ano o prêmio prioriza três áreas de interesse. A primeira é meio ambiente, com foco em iniciativas de preservação e regeneração de ecossistemas, além da gestão de recursos hídricos. Inclusão social é o segundo tema prioritário, abrangendo iniciativas de acessibilidade a portadores de deficiência em espaços públicos, ferramentas de reabilitação e de inclusão destes cidadãos no mundo do trabalho, com profissionalização e desenvolvimento. Maiores informações podem ser obtidas no endereço eletrônico .

A universidade das soluções

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Assim como ocorre em alguns outros países, a economia brasileira geralmente funciona dentro de ciclos econômicos; ora mais, ora menos favoráveis para o setor produtivo, assim como para a sociedade em geral. Essa oscilação nem sempre é fácil de ser administrada, sobretudo pelas empresas.

Por isso, para encarar (e se sobressair) a crise, é necessário além de atuar ativamente nos gastos e custos gerais da empresa, ter uma cultura de inovação. Por mais que a crise ameace o negócio, ela também pode trazer novas oportunidades e gerar a necessidade de novos produtos e soluções, consequentemente, as condições desfavoráveis do momento econômico podem ser usadas de maneira benéfica pelos empreendedores.

No entanto, como a inovação requer pesquisas, melhorias e investimentos, muitos empresários brasileiros acabam encarando como custo o que deveria ser visto como investimento. A inovação, é indispensável para que uma empresa se mantenha competitiva e não acabe sendo substituída por outras opções disponíveis no mercado. Dentro desse cenário, é preciso pensar em formas de expandir a competitividade e conseguir resultados que sejam não apenas melhores, mas também consolidados.

Um complexo de produtos e serviços de alto valor agregado
Pensando nisso, a Universidade do Sul de Santa Catarina criou o Unisul Soluções – um complexo de produtos e serviços de alto valor agregado, concebido para solucionar demandas de mercado e problemas do setor público e privado. As soluções são inovadoras e escaláveis e, quando necessário, também podem ser customizadas.

O Unisul Soluções tem um portfólio extenso e robusto, desenvolvido por profissionais altamente qualificados, que se propõem a resolver problemas de pequena, média e grande complexidade, por meio de pesquisas, prestação de serviços, prototipagem, desenvolvimento de tecnologias e de produtos, em diversas áreas do conhecimento. Segundo o Prof. Paulo Boff, diretor da Agência de Inovação e Empreendedorismo da universidade e Coordenador da estratégia, “com o Unisul Soluções o empresário passará a ter uma preocupação a menos, pois contratará pontualmente a solução que precisa, e não terá que gerenciar os profissionais que (direta e indiretamente) a desenvolverão. Nem tampouco, montar infraestrutura para isso; e, ainda receberá um produto/serviço/resultado de comprovada qualidade que agregará mais valor ao produto que oferece.

Organizado a partir da ideia de Transversais – que são áreas estratégicas, definidas a partir de um olhar sobre o mercado/sociedade (setores portadores de futuro identificados pela Fiesc, verticais Acate, empresas etc.) – o Unisul Soluções possui potencial de desenvolver serviços e soluções inovadoras de forma individual, interdisciplinar ou ainda interconectada por propósitos específicos. Atualmente, três Transversais estão disponíveis: Inovação e Serviços Tecnológicos Industriais; Serviços e Tecnologias Educacionais; Desenvolvimento Regional e de Negócios, sendo que, cada uma delas se abre num enorme leque de possibilidades de soluções.

A Universidade não é um espaço onde acontecem apenas “aulas”, mas onde se produz conhecimento
O professor Paulo ainda complementa que, “ao contrário do que muitos pensam, a universidade não é um espaço onde acontecem apenas “aulas”. Antes disso, é um “espaço de produção de conhecimento” pois ao ensino estão legalmente atreladas a pesquisa e a extensão. E, não podemos esquecer que, mais do que professores, os docentes são profissionais, pesquisadores e provedores de soluções”.

Assim, é muito importante ampliar o olhar e analisar as novas oportunidades que estão se abrindo para a expansão e/ou consolidação dos negócios. Tomar consciência das possibilidades de soluções para pequenas, médias e grandes empresas, bem como, para instituições e setor público é um passo crucial para vencer a crise, buscar mais reconhecimento de mercado, mais lucratividade e mais sucesso em geral.

Você sabia?
A Unisul realizou um mapeamento de todas as competências dos professores e técnicos da universidade, visando levantar o maior número de profissionais que possam atuar neste cenário. As áreas de atuação estão divididas em transversas e eixos.

Transversal de Inovação e Serviços Tecnológicos Industriais: coordenada pelo professor Anderson Soares André, envolve os seguintes setores produtivos: agroalimentar, biotecnologia, cerâmica, construção civil, energia, fármacos, meio ambiente, nanotecnologia, produtos químicos e plásticos, saúde, têxteis e confecções, tecnologia da informação e comunicação.

Transversal de Serviços e Tecnologias Educacionais: coordenada por Marcelo Tavares, é composta por eixos temáticos que englobam produtos, serviços e soluções completas para educação em todos os níveis como: LMS, plataforma de videoconferência, plataforma de avaliações online, educação corporativa e educação inclusiva, editoração, consultoria e formação pedagógica, produção de recursos educacionais, desenvolvimento de metodologias, design estratégico de negócios, gestão estratégica e do desempenho etc.

Transversal de Gestão, Desenvolvimento Regional e Negócios: coordenada por Fabrício da Silva Attanásio envolve soluções para a gestão pública, de negócios empresariais, gestão universitária, organizações sociais e desenvolvimento regional. Outras informações: unisul.solucoes@unisul.br; (48) 3621-3986 ou (48) 98826-4519.

Fique atento!
O CNPq está recebendo, até o próximo dia 23, propostas para apoio financeiro não-reembolsável, de Olimpíadas Científicas de âmbito nacional como instrumento de popularização da ciência e melhoria dos ensinos fundamental e médio, para identificar jovens talentosos que possam ser estimulados a seguir carreiras técnico científicas e docentes. Outras informações: http://cnpq.br/chamadas-publicas?p_p_id=resultadosportlet_WAR_resultadoscnpqportlet_INSTANCE_0ZaM&idDivulgacao=8922&filtro=abertas&detalha=chamadaDetalhada&id=47-1398-6426.

“Não considere nenhuma prática como imutável. Mude e esteja pronto a mudar novamente. Não aceite verdade eterna, experimente”.  B.F. Skinner

A interdisciplinaridade da inovação e do empreendedorismo

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A união de diferentes conhecimentos, habilidades e atitudes, o exercício da criatividade, da determinação, do pensamento consciente, são elementos que transformam os seres humanos e suas realidades, incentivando a reflexão sobre os problemas do mundo e promovendo o pensamento voltado a solução de problemas, proporcionando mudanças e impactos sociais.  
Acredita-se ser possível alterar a curva da estagnação econômica e social induzindo atividades que gerem inovações e agreguem valores econômicos e sociais (Dollinger).

Em várias profissões, é latente a transversalidade da inovação e do empreendedorismo, o que tem se perpetuado na academia; a cultura empreendedora, nos cursos de graduação, surge como uma educação diferenciada, buscando fortalecer a personalidade do aluno no sentido de preparar-lhe para um mercado dicotômico que demanda, ao mesmo tempo, um pensamento amplo e universal e uma individualização estimulada pela própria liberdade.

Uma das principais tarefas (atribuições) das universidades é concretizar as aspirações do futuro profissional do mercado em termos de conhecimento e preparação, formando profissionais capazes de alcançar seu maior potencial.

Assim, o desenvolvimento intelectual e o aprendizado, bem como os conhecimentos das habilitações técnicas e científicas, que emergem das universidades, devem também estar sintonizados com as demandas mais emergentes da sociedade contribuindo, assim, para a melhoria da qualidade de vida do homem. Portanto, é preciso ensinar o indivíduo a inovar, aproveitar as oportunidades e converter suas ideias em benefícios sociais.

A proposta é utilizar-se da interdisciplinaridade da inovação e do empreendedorismo como ferramenta pedagógica de internalização do ensinamento do perfil empreendedor e inovador, a fim de que possamos oferecer a sociedade um profissional capaz de atuar das e mais diversas formas. E é por isso que a Unisul é esta universidade inovadora e empreendedora, que promove e possibilita a seu aluno a transcendência do conhecimento, nas habilitações técnicas e científicas, mas também por meio dos diversos pilares relacionados ao ecossistema da inovação, como a AGETEC, CONNECTiLAB, espaços de coworking, UniParque, Incubadora CRIE, Incubadora Social (ITCP), Ilab, etc.

Você sabia?
A Unisul, em parceria com a Prefeitura de Tubarão, promoverá o Momento Connecti Programa Centelha: Capacitação para submissão de propostas. O evento ocorrerá amanhã, às 16h, no Bloco Pedagógico da Unisul, sala 224.

Fique atento!
O CNPq está recebendo propostas para a Chamada CNPq/MCTIC Nº 11/2019 – Feiras de Ciências e Mostras Científicas, que tem por objeto apoiar eventos que visem contribuir significativamente para o desenvolvimento científico, tecnológico e de inovação do País, por meio da realização de Feiras de Ciências e Mostras Científicas em âmbito nacional, estadual/distrital e municipal, como instrumentos de popularização da ciência. Mais informações e cronograma:
http://cnpq.br/chamadas-publicas?p_p_id=resultadosportlet_WAR_resultadoscnpqportlet_INSTANCE_0ZaM&filtro=abertas&detalha=chamadaDivulgada&idDivulgacao=8842


“Quando a imensidão desse céu que nos protege parecer impossível de alcançar, respire e olhe para os pés. O sagrado pode estar na conexão entre o que há de mais elevado e a raiz de cada um de nós”. Mariana Sgarioni

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