domingo, 5 maio , 2024
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Andréa Debiasi

Pronomes Oblíquos

Olá, leitor Notisul! Tudo bem?

Os pronomes oblíquos têm a função de substituir ou acompanhar o substantivo. Eles se tornam oblíquos quando desempenham função de complemento. Podem ser átonos (não precedidos de preposição) ou tônicos: (precedidos de preposição). Vejamos, a seguir, alguns exemplos:

Boa leitura!
a) Pronomes Oblíquos Átonos
Átonos: (me, te, se, o, os, a, as, lhe, lhes, nos e vos) não são precedidos de preposição.

Podem assumir três posições na oração em relação ao verbo:
1. Próclise: pronome antes do verbo
2. Ênclise: pronome depois do verbo
3. Mesóclise: pronome no meio do verbo
1. Próclise

A próclise é aplicada antes do verbo quando temos:

• Palavras com sentido negativo:
Nada me faz querer sair dessa cama.
Não se sabe ainda o que aconteceu.  

• Advérbios:
Nesta cidade se fala italiano.
Naquela tarde me comunicaram que o padre faleceu.

• Pronomes relativos:
A senhora que me ofertou um pão estava triste.
Não vou deixar de estudar os conteúdos do concurso que me passaram.

•Pronomes indefinidos:
Quem me fez esta surpresa?
Todos se comoveram durante o discurso de despedida.

• Pronomes demonstrativos:
Isso me deixa muito feliz!
Aquilo me ajudou a ganhar a prova!

• Preposição seguida de gerúndio:
Em se tratando de governo, o Brasil possui uma gestão democrática.

• Conjunção subordinativa:
Vamos estabelecer normas, conforme lhe comentaram.
2. Ênclise
A ênclise é empregada depois do verbo. A norma culta não aceita orações iniciadas com pronomes oblíquos átonos. A ênclise vai acontecer quando:

• O verbo estiver no imperativo afirmativo:
Ajudem-se uns aos outros.
Sigam-me e não se arrependerão.

• O verbo iniciar a oração:
Peça-lhe que me ligue imediatamente.
Chamaram-me para fazer uma palestra.

•O verbo estiver no infinitivo impessoal regido da preposição “a”:
Naquele dia os dois passaram a amar-se.
Passaram a cumprimentar-se frequentemente.

• O verbo estiver no gerúndio:
Ainda não obtive resultado, parecendo-se má vontade.
Alegrou-se, beijando-lhe as mãos.

• Houver vírgula ou pausa antes do verbo:
Se passar no concurso, mudo-me imediatamente.
Se não tiver outro jeito, corrijo-me em nome da amizade.
3. Mesóclise

A mesóclise acontece quando o verbo está flexionado no futuro do presente ou no futuro do pretérito:

A reunião realizar-se-á na próxima segunda-feira.
Far-lhe-ei um projeto de pesquisa.
Particularidades
Para mim fazer X Para eu fazer

O pronome pessoal do caso reto funciona como sujeito de uma oração, e o pronome oblíquo, como objeto. Logo, o correto é: Para eu fazer.
Mesmo/Mesma

Quando for ligar o carro, verifique se o mesmo está em perfeitas condições de uso. Mesmo que se trate de algo recorrente, as expressões “o mesmo” e “a mesma” representam uma colocação errônea, pois nesse caso o correto é substituirmos o substantivo “carro” por um pronome pessoal do caso reto. Assim, o correto é: Quando for ligar o carro, verifique se ele está em perfeitas condições de uso.  

Até a próxima semana e fique com Deus!
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Interjeição

Olá, Leitor Notisul! Tudo bem?
De acordo com a Norma Culta. Interjeição é a palavra invariável que expressa estado de espírito, emoções, sensações ou que age sobre o interlocutor, induzindo-o a adotar determinado comportamento sem que, para isso, seja necessário utilizar estruturas linguísticas mais elaboradas.

Observe o exemplo:
Puxa! Já repeti várias vezes que você precisa se dedicar mais aos estudos!
No exemplo, o interlocutor demonstra certa indignação, sendo apresentada na palavra: Puxa!
A Interjeição assume uma espécie de ‘palavra-frase’, isto é, há uma ideia expressa por uma (palavra) ou um conjunto delas, que poderia ser colocada em termos de uma sentença.

Observe outros exemplos:
a) Ai!
Significado: “Isso dói!” ou “Estou com dor!”
b)Bravo! Bis!
Significado: “Foi ótimo! Repitam!”
A interjeição é um recurso da linguagem emocional, por manifestar um suspiro, um estado de espírito, decorrente de uma situação específica, um momento ou um contexto em particular.

Exemplos:
a) Hum! Está delicioso este jantar! (Hum: expressão de um pensamento súbito.)
b)  Ah, agora entendi tanta alegria, é teu aniversário! (Ah: expressão de um estado emotivo.)  
O significado das interjeições vincula-se à forma como elas são faladas. Assim, o tom da fala traduz o sentido que as expressões vão adquirir em cada contexto de um enunciado.

Exemplos:
a) Psiu!  (Abordando alguém que está distante. Significado da interjeição: “Estou te chamando! Ei, espere!”)
b) Psiu! (Alguém pronunciando essa expressão em um hospital ou biblioteca. Significado da interjeição: “Por favor, faça silêncio!”)
c) Puxa! A minha maior conquista foi conseguir terminar a graduação! (Tom da fala: euforia)
d) Puxa! Eu errei três questões no concurso! (Tom da fala: decepção.)

Atenção:
1. As interjeições cumprem, geralmente, duas funções:
a) Sintetizar uma frase exclamativa, exprimindo alegria, tristeza, dor, dentre outros.
Por exemplo:
– Como conseguiste ser aprovada no doutorado?
– Eu? A base de muito estudo e elaboração de artigos.
– Ah, não deve ter sido fácil!
b) Sintetizar uma frase apelativa.
Por exemplo:
Cuidado! Não deves desrespeitar os teus superiores.
2. As interjeições podem ser formadas por:
a) Simples sons vocálicos: Oh!, Ah!, Ó!, Ô!
b) Palavras: Oba!, Olá!, Claro!
c) Grupos de palavras (locuções interjetivas): Meu Deus!, Ora bolas!
3. A ideia expressa pela interjeição depende, muitas vezes, da entonação com que é enunciada, com isso, pode ocorrer que uma tenha mais de um sentido. Por exemplo:
a) Oh! Que notícia triste! (ideia de contrariedade)
b) Oh! Foi uma satisfação ter terminado o trabalho em equipe. (Ideia de alegria.)

Até a próxima semana e fique com Deus!
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Palavras Parônimas, o que é isso?

Olá, Leitor Notisul! Tudo bem?

A Língua Portuguesa é, do meu ponto de vista, extremamente rica no sentido de possibilidades para a construção de textos, sejam orais ou escritos, formais ou informais. Para isso, pela gama de opções que temos, faz–se necessário compreender e estudar, desde as mais simples palavras, até aqueles termos que nos confundem ou não o entendemos bem. Pois é importante para que a comunicação flua de maneira eficaz. A esse respeito, menciono as Palavras Parônimas, isto é, aquelas que se parecem umas com as outras na escrita e na pronúncia, mas com significado diferente.

Assim, a coluna desta semana apresenta uma lista com palavras bem conhecidas do nosso cotidiano, escritas e faladas de forma praticamente igual, porém a compreensão é totalmente diversa, podendo ocasionar, pelo uso incorreto, problemas de entendimento na comunicação.

Boa leitura!

Palavras Parônimas
Acostumar – habituar–se, adaptar–se;        
Costumar – ter o hábito, o costume de.
Adotar – aceitar: alguém, doutrina, ideia, opinião;   
Dotar – conceder dote, beneficiar, favorecer.

Apóstrofe – figura de linguagem;           
Apóstrofo – sinal gráfico.
Aprender – instruir–se, adquirir conhecimento;    

Apreender – assimilar mentalmente, captar, compreender.
Área – espaço;                   
Ária – peça teatral.
Assoar – limpar o nariz;               
Assuar – vaiar.
Atuar – desempenhar um papel como ator;      
 Autuar – lavrar um auto de infração, processar.
Auto – peça teatral, ato público;           
Alto – elevado de grande extensão.
Calção – calça  curta;               
Caução – fiança, penhor, garantia de pagamento.
Calda – líquido espesso e viscoso, xarope, espécie de molho;        
Cauda – rabo, parte posterior do avião.
Câmara – local onde se reúnem os deputados;    
Câmera – aparelho que capta e reproduz imagens.
Cavaleiro – aquele que sabe andar a cavalo;       
Cavalheiro – homem educado.
Comprimento – extensão;                
Cumprimento – saudação.
Deferir – atender, conceder;            
Diferir – distinguir–se, ser diferente, adiar.
Delatar – denunciar;               
Dilatar – alargar, ampliar.
Descrição – ato de descrever, expor;           
Discrição – reserva; qualidade de discreto.
Descriminar – inocentar;               
Discriminar – distinguir.
Despensa – lugar de guardar mantimentos;       
Dispensa – isenção, licença.
Emergir – vir à tona;              
 Imergir – mergulhar.
Emigrar – sair da pátria;              
 Imigrar – entrar em um país estranho para nele morar.
Emissão – ato de emitir, pôr em circulação;       
Imissão – fazer entrar.
Emitir – lançar fora de si;               
Imitir – fazer entrar.
Estofar – cobrir de estofo;               
Estufar – colocar em estufa.
Flagrante – evidente, registrado no momento da realização;        
Fragrante – que exala bom odor, aromático.
Fluir – correr com certa abundância, emanar;    
Fruir – gozar, desfrutar.
Imergir – afundar;                   
Emergir – vir à tona.
Inflação – desvalorização do dinheiro;           
Infração – violação, transgressão.
Peão – peça de xadrez, quem lida com boi;       
Pião – espécie de brinquedo de madeira.
Ratificar – confirmar;               
Retificar – corrigir.
Soar – produzir som;              
Suar – transpirar.
Fonte: Nova Gramática da Língua Portuguesa (BEZERRA, 2009).

Até a próxima semana e fique com Deus!
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Falar e escrever, quanta diferença!

Olá, Leitor Notisul! Tudo bem?
Quando nos expressamos oralmente, a linguagem utilizada, de maneira geral, é simples e sem tantos cuidados com os possíveis erros gramaticas, de concordância verbal ou de pronúncia, por exemplo. No entanto, ao escrever, deve-se ter a preocupação em não cometer tantas gafes.
Por isso, o objetivo da coluna desta semana é apresentar algumas dicas para melhorar ainda mais a tua escrita, mesmo que seja cotidiana, como o envio de um e-mail ou mensagem SMS, um comunicado, enfim, tornar a comunicação ágil e compreensível.
Assim, para facilitar o entendimento, vou expor em formato de quadro, tendo a primeira coluna como erro e, a segunda, a forma correta de escrever:

Errado                                          Certo
Abóbra                                         Abóbora
Advinhar                                       Adivinhar
Ao meu ver                                   A meu ver
Asterístico                                     Asterisco
Bassoura                                      Vassoura
Beneficiente                                  Beneficente
Cardaço                                        Cadarço
Comprimentar (saudar alguém)    Cumprimentar
Concerteza                                    Com certeza
Derrepente                                    De repente
Estrupo                                          Estupro
Há anos atrás                                Há anos (o verbo haver já indica passado)
Hoje em dia                                   Atualmente
Impecilho                                       Empecilho
Iorgute                                           Iogurte
Largatixa                                       Lagartixa
Mais melhor                                   Melhor
Maqueio (passar maquiagem)       Maquio
Menas                                           Menos
Menor de idade                             Menor
Para mim fazer                              Para eu fazer
Pobrema ou Plobrema                  Problema
Pograma                                       Programa
Previlégio                                      Privilégio
Quiz                                              Quis
Rúbrica (com acento)                   Rubrica  (sem acento)
Seje (verbo)                                 Seja
Soar (transpirar)                          Suar
Solvete                                        Sorvete
Trezentas gramas (peso)             Trezentos  gramas

Como deves ter percebido, são palavras ou expressões simples, que talvez na fala não sejam tão acentuados os erros. Porém, ao escrever, a falha aparece e é aqui que reside a preocupação em saber a grafia correta.
Até a próxima semana e fique com Deus!
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Técnicas de leitura, interpretação, análise e resumo de textos

Olá, Leitor Notisul! Tudo bem?

Recebo pedidos constantes de ajuda por parte de estudantes e colegas de trabalho a fim de saber como interpretar e resumir textos. Confesso que não é uma tarefa fácil, e sim, um exercício constante de leitura direcionada e com objetivo definido. Cito isto porque cada texto lido tem um foco, seja para uma prova de concurso, atividades de escola, universidade ou no ambiente de trabalho. Por isso, a proposta da coluna desta semana é apresentar algumas dicas que auxiliem na leitura, interpretação, análise e resumo de textos de forma eficaz.

Inicialmente, ressalto que para analisar e interpretar textos é preciso saber ler. E a leitura pressupõe três etapas:

i) Pré-compreensão: conjectura-se que o leitor possua conhecimentos prévios sobre o assunto ou área específica acerca do texto que será lido;

ii) Compreensão: com a leitura propriamente dita, o leitor vai se encontrar com informações novas ou reconhecer as que já conhecia;

iii) Interpretação: é a resposta/compreensão que será dada ao texto, durante e após a leitura.

Com base nas três etapas mencionadas, destaco uma lista com orientações básicas para o sucesso da atividade, a saber:

a) Cada novo texto é, também, um novo conhecimento adquirido;

b) Fazer anotações nas margens do texto, pois isso ajuda na interpretação da ideia posta;

c) Todo texto, curto ou longo, deve ser lido integralmente, procurando apreender o seu sentido mais amplo, e só depois, relendo novamente, averiguar no dicionário todas as palavras desconhecidas;

d) À medida que se decodificam/interpretam as palavras, torna-se importante relacioná-las com o texto já lido;

e) Ler sem preguiça e timidez, independentemente do tamanho e complexidade do assunto lido;

f) Quando o texto utilizar a linguagem poética, pode-se criar a cena mentalmente, imaginando-se no lugar das personagens;

g) Não ser um leitor crédulo, concordar e discordar da ideia/opinião posta ajuda na compreensão;

h) Diante de uma linguagem conceitual, a leitura não pode ser tímida. No diálogo, deve-se imaginar concordando e, também, discordando das ideias/conceitos expostos;

i) É interessante estabelecer um diálogo, conversa com o autor;

j) Muitas vezes, a resposta correta para uma pergunta não corresponde exatamente ao que está no texto, por isso, deve-se ler com atenção, buscando o sentido geral;

k) Não se assustar com o tamanho do texto, a leitura deve ser corajosa;

l) Fazer paráfrases, contribuindo para ampliar o vocabulário e a compreensão da ideia central do texto lido;

m) Ler no papel, preferencialmente, pois a capacidade de absorção dos dados para transformar em conhecimento é maior, além do poder de concentração;

n) Reservar um tempo do dia para ler;

o) Ler com um dicionário para esclarecimento de possíveis dúvidas;

p) Ler, ler bem, ler profundamente;

q) Ser curioso, buscar entender o texto;

r) Reler o texto quantas vezes forem necessárias;

s) Respeitar a ideia do autor, mesmo discordando;

t) Fazer exercícios de palavras sinônimas e antônimas, pois ajuda a aumentar o vocabulário;

u) Dividir o texto em partes (parágrafos) para melhor compreensão, após a primeira leitura;

v) Cuidar com os vocábulos: correta, incorreta, errada, falsa, destoa, não, certa, verdadeira, exceto, por exemplo, que aparecem nas perguntas e, por vezes, dificultam a entender o que está sendo solicitado;

w) O autor defende ideias e devem ser percebidas;

x) Estabelecer quais foram as opiniões expostas pelo autor, definindo o tema e a ideia central;

y) Aprender a resumir;

z) Por fim, em uma prova/atividade/trabalho, não esquecer:

i) ler o texto com calma, várias vezes, se necessário;

ii) a cada questão/pergunta, retornar ao texto a fim de esclarecer as dúvidas;

ii) estar atento ao enunciado da questão, pois, muitas vezes, ele exigirá que se leia não só o trecho citado, mas um ou mais parágrafos.

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Colocação Pronominal

Olá, Leitor Notisul! Tudo bem?
A Colocação Pronominal aborda os três tipos de posição que os pronomes átonos me, te, o, a, lhe, nos, vos, os, as, lhes podem ocupar em uma frase, a saber:     
• Próclise: o pronome é colocado antes do verbo.
• Mesóclise: o pronome é colocado no meio do verbo.
• Ênclise: o pronome é colocado depois do verbo.
Além das regras, depende de fatores como o ritmo, a ênfase e o estilo.  

Vejamos:
a) Uso da Próclise
1) Verbos antecedidos por advérbios ou expressões adverbiais. A exceção ocorre quando há vírgula depois do advérbio, pois deixa de atrair o pronome.
Exemplos:
• Ana me falou que precisava estudar mais.
• Com isso, dedica-se.
2) Orações interrogativas.
Exemplos:
• Como te interrogaram na delegacia?
• Quem te falou da festa?
3) Verbo no gerúndio, regido da preposição em.
Exemplos:
• Em se tratando da pesquisa, há considerações necessárias para melhorar os resultados.
• Em se decidindo pela formatura, deve-se organizar todos os detalhes.
4) Orações com conjunções subordinativas.
Exemplos:
• Embora se sentisse mais à vontade, não conseguiu explanar a sua indignação.
• Conforme lhe repassei, o relatório foi finalizado e entregue em mãos.
5) Orações negativas, que contenham palavras tais como não, ninguém, nunca.
Exemplos:
• Não o suporto mais.
• Nunca o vi feliz desse jeito.
6) Orações exclamativas e orações que exprimam desejo de que algo aconteça.

Exemplo:
• Deus nos ajude!
7) Pronomes relativos, indefinidos ou demonstrativos.
Exemplos:
•Foi ele que o disse.
• Alguns lhes deram vários conselhos.
• Isso me alegra muito.
b) Uso da Mesóclise
A Mesóclise ocorre apenas com verbos do Futuro do Presente ou do Futuro do Pretérito. Se houver palavra atrativa, todavia, dá-se preferência ao uso da Próclise.
Exemplos:
• Apresentar-me-ei na próxima semana aos participantes do curso.
• Orgulhar-me-ia se todos pudessem estar presentes.
c) Uso da Ênclise
A Ênclise é usada depois do verbo e é atraída pelas seguintes situações:
1. Verbo inicia a oração.
Exemplos:
•Tornei-lhe uma pessoa cortês.
•Esforcei-me par alcançar o excelente resultado.
2. Verbo no infinitivo impessoal.

Exemplos:
• Gostaria de presentear-te com algo que usasse.
• O seu objetivo agora é formar-se.
3. Verbo no gerúndio (sem a preposição em, pois quando regido pela preposição em deve ser usada a Próclise).

Exemplos:
• Vive a vida encantando-me com as suas conquistas.
•Faço revisões todos os dias, repondo-lhes quando necessário.
4. Verbo no imperativo afirmativo.
Exemplos:
• Após a leitura, repasse-a aos colegas.
• A princípio, deve-se propor melhorias!

Até a próxima semana e fique com Deus!  
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Sinais de Pontuação: Vírgula

Olá, Leitor Notisul! Tudo bem?

De forma geral, os sinais de pontuação representam os recursos atribuídos à escrita, com o propósito, dentre outros, de reproduzir pausas, nos casos do ponto, vírgula e ponto e vírgula; e entonações da fala, como os pontos de exclamação e de interrogação, por exemplo. Além disso, os sinais de pontuação reproduzem, na escrita, os anseios, emoções e intensões do escritor.

Com isso, na coluna de hoje será apresentada a Vírgula (,), um sinal gráfico de pontuação que indica uma breve pausa e é usada para separar frases conectadas entre si ou elementos dentro de uma frase.

Boa leitura!
A seguir, as principais situações de uso da vírgula:

1) separar termos que possuem mesma função sintática (Classe gramatical: sujeito, verbo, adjetivo, advérbio, numeral, dentre outros.) na frase.
Exemplo:  A professora, explicou, reexplicou, e enfim, aplicou a prova.
Nessa oração, a vírgula separa os verbos.

2) isolar o vocativo (é um termo que não possui relação sintática com outro termo da oração. Não pertence, portanto, nem ao sujeito nem ao predicado para chamamento ou interpelação ao interlocutor no discurso direto, expressando-se por meio do apelativo).
Exemplo: Então, meu caro colega, explique-se imediatamente!

3) isolar o aposto (É um termo que se junta a outro de valor substantivo ou pronominal para explicá-lo ou especificá-lo melhor. Vem separado dos demais termos. É uma palavra ou expressão que explica ou que se relaciona com um termo anterior com a finalidade de esclarecer, explicar ou detalhar melhor esse termo).
Exemplo:  A Karina, funcionária homenageada do mês, recebeu um dia de folga nessa semana.

4) isolar termos antecipados, como complemento ou adjunto (O adjunto adnominal possui função adjetiva na oração, a qual pode ser desempenhada por adjetivos, locuções adjetivas, artigos, pronomes adjetivos e numerais adjetivos).
Exemplo: Um desejo enorme de abraçar meu filho, eu senti quando olhei a foto dele no meu celular. (antecipação de complemento verbal)
Exemplo:  Tudo foi feito, naquele momento, para evitarmos uma tragédia! (antecipação de adjunto adverbial)

5) separar expressões explicativas, conjunções e conectivos: isto é, ou seja, por exemplo, além disso, pois, porém, mas, no entanto, assim, dentre outros.
Exemplo: A lição de hoje foi repassada por e-mail, ou seja, todos terão acesso aos conteúdos para estudar em casa.

6) separar os nomes dos locais de datas.
Exemplo:   Tubarão (SC), 1º de fevereiro de 2019

7) isolar orações adjetivas explicativas.
Exemplo:  A música, que você cantou para mim, é muito romântica e emocionante.

Até a próxima semana e fique com Deus!
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Substantivo Comum de Dois Gêneros

Olá, Leitor Notisul! Tudo bem?
Na Norma Culta, o substantivo comum de dois gêneros é o que se refere aos gêneros feminino e masculino, sem modificar o seu termo. Ele é classificado como um substantivo uniforme por apresentar apenas uma forma de escrita.

Para identificar se ele está se referindo a uma pessoa no feminino ou no masculino, analisa-se o artigo ou o adjetivo que acompanha a palavra.

Na sequência, apresentamos alguns exemplos:

Exemplo 1:
Estudante precisava se dedicar mais aos estudos para ter aprovação no concurso.
A estudante precisava se dedicar mais aos estudos para ter aprovação no concurso. (feminino)
Ou
O estudante precisava se dedicar mais aos estudos para ter aprovação no concurso.  (masculino)

Exemplo 2:
Jovem possui várias qualidades para conseguir a vaga de emprego disponível.
A jovem possui várias qualidades para conseguir a vaga de emprego disponível.
 (feminino)
Ou
O jovem possui várias qualidades para conseguir a vaga de emprego disponível.
 (masculino)
Além do uso do artigo, também pode-se distinguir um substantivo comum de dois gêneros por meio do adjetivo presente na oração. Confira alguns exemplos:

Exemplo 1:
Estudante precisava se dedicar mais aos estudos para ter aprovação no concurso.
Estudante esforçada precisava se dedicar mais aos estudos para ter aprovação no concurso. (feminino)
Ou
Estudante esforçado precisava se dedicar mais aos estudos para ter aprovação no concurso.  (masculino)

Exemplo 2:
Jovem possui várias qualidades para conseguir a vaga de emprego disponível.
Jovem dedicada possui várias qualidades para conseguir a vaga de emprego disponível.  (feminino)
Ou
Jovem dedicado possui várias qualidades para conseguir a vaga de emprego disponível.  (masculino)

A lista, a seguir, apresenta as palavras da gramática que são classificadas como substantivo comum de dois gêneros:
1. o agente – a agente
2. o anarquista – a anarquista
3. o artista – a artista
4. o camarada – a camarada
5. o chefe – a chefe
6. o cliente – a cliente
7. o colega – a colega
8. o colegial – a colegial
9. o compatriota – a compatriota
10. o dentista – a dentista
11. o doente – a doente
12. o estudante – a estudante
13. o fã – a fã
14. o gerente – a gerente
15. o herege – a herege
16. o imigrante – a imigrante
17. o indígena – a indígena

Até a próxima semana e fique com Deus!
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A Crase

Olá, Leitor Notisul! Tudo bem?
Conforme a Norma Culta, a crase é a fusão de duas vogais idênticas em uma só, ou seja, a junção da preposição a com o artigo a (ou no plural: as). É sinalizada pelo acento: (`). O uso da crase ocorre nas seguintes situações:

1) Indicação de horas determinadas e exatas:

Exemplos:

a) A festa encerrará à meia-noite.
b) Retornaremos de viagem às 13h.
c) Minha mãe trabalha todos os dias às duas horas da tarde.

2) Antes de palavras femininas:

Exemplos:

a) A colher jamais foi colocada à mesa.
b) Suas necessidades são iguais às de sua filha.
c) As crianças assistiram à cena maravilhadas.
d) Preciso entender por que à falta de respeito desses alunos.
3) Em diversas expressões adverbiais, locuções prepositivas e locuções conjuntivas:

Exemplos:

a) Respondo-te amanhã à noite.
b) Ela está decididamente à parte da família.
c) O gerente conseguiu atingir a meta à custa de muito esforço.
d) Os passageiros estão à deriva, pois não sabem o que ocorreu com o motorista.
Importante!
Pode ocorrer crase antes de um substantivo masculino desde que haja uma palavra feminina que se encontre subentendida, a exemplo das locuções: à moda de e à maneira de.

Exemplos:

a) Festa à Louis. (à maneira de Louis)
b) Estilo à César Souza. (à moda de César Souza)

O uso da Crase não corre nas seguintes situações:

1) Antes de numeral:

Exemplos:

a) A pousada fica a dezessete quilômetros daqui.
b) O número de vagas de emprego chegou a vinte e dois.

2) Em expressões com palavras repetidas, mesmo que sejam femininas:

Exemplos:

a) Acredite, eles voaram lado a lado.
b) Tivemos uma conversa face a face.
c) Gota a gota, o oceano fica repleto!
d) No nosso dia a dia, todas as atividades têm que ser rápidas.

3) Antes de substantivos masculinos:

Exemplos:

a) Prefiro trabalhar a pé.
b) O pagamento é feito a prazo.
c) Este roteiro será feito a cavalo.
d) Desenho a lápis, pois posso apagar se errar.

Aqui foram apresentados alguns exemplos. Em outra oportunidade serão abordados outros.

Até a próxima semana e fique com Deus!
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Vícios de Linguagem

Olá, Leitor Notisul! Tudo bem?

Na coluna desta semana apresentarei informações acerca de um tema bastante comum em nosso cotidiano: Vícios de Linguagem. Já ouviste falar? Mesmo que não, certamente, em algum momento de comunicação oral ou escrita tu podes ter cometido algum desvio da norma culta. É isso mesmo! Vícios de Linguagem são todas as palavras, expressões ou construções frasais que alteram a norma padrão. Ocorrem nos diferentes níveis linguísticos: fonético, semântico, sintático ou morfológico, geralmente, por desconhecimento, descuido ou descaso.

Os Vícios de Linguagem são divididos em vários tipos. Apresentarei aqui os principais.
a) Pleonasmo
Conceito: é a repetição desnecessária de uma informação.

Exemplos:
1) Ela é uma excelente atriz. Na penúltima peça ela fez um monólogo falando
sozinha. (monólogo: cena em que um só ator representa ou interpreta)

2) O fato mais impactante no capítulo de hoje é que o principal
protagonista rebelou-se contra a família. (protagonista: personagem principal)
b) Cacófato
Conceito: é o som desagradável (formação de outra palavra) provocado pela junção de duas ou mais palavras na frase.

Exemplos:
1) Na boca dela saíram palavras de medo.
2) Vou-me já, porque tenho pressa.
3) Vou pagar R$5.00 por cada pacote de trigo.
c) Eco
Conceito: ocorre quando há palavras na frase com terminações iguais ou semelhantes, provocando dissonância (som desagradável).

Exemplos:
1) Esperávamos impacientes, mas conscientes de que tínhamos sido convincentes com todos os presentes.
2) Ela pensava, desde a tenra idade, que era necessário valorizar a maturidade.
d) Colisão
Conceito: ocorre quando há dissonância (som desagradável) provocada pela repetição de consoantes iguais ou semelhantes.

Exemplos:
1) Minha mãe me mandou mudar a máquina de costura da mesa.
2) Sua saia está suja.
3) O rato roeu a roupa do rei de Roma.
e) Ambiguidade
Conceito: ocorre quando, por falta de clareza, há uma duplicidade do sentido da frase.

Exemplos:
1) A cadela da sua irmã avançou sobre a minha mãe.
2) A sogra chamou a atenção da nora porque bateu a sua moto.
3) Vi tua foto na sala.
f) Solecismo
Conceito: ocorre quando há desvios de sintaxe quanto à concordância, regência ou colocação.

Exemplos:
1) Concordância verbal:
Faltou muitas laranjas para completar a jarra de suco. (faltaram)
2) Regência verbal:
Eu assisti o programa que apresentou dicas de moda. (ao programa)
3) Colocação pronominal:
Na sexta-feira ele trabalhou tanto, que no sábado não sustentava-se em pé (se sustentava)
g) Barbarismo
Conceito: é o desvio da norma quando ocorre em diversos níveis:
i) Pronúncia:

Exemplo:
Assisti ao pograma. (programa)
ii) Grafia:
Exemplo:
Nós pegamos a bassoura. (vassoura)
iii) Morfologia:

Exemplo:
Quando eu ir embora, farei de tudo para levar minha filha. (for)
iv) Semântica:

Exemplo:
Ele comprimentou os presentes. (cumprimentou)
h) Estrangeirismo
Conceito: é o processo que introduz palavras vindas de outros idiomas na Língua Portuguesa.
Torna-se vício de linguagem pelo uso excessivo, desnecessário, sendo condenável.
i) Gerundismo
Conceito: é o uso exagerado do gerúndio. Isso acontece quando essa forma nominal é utilizada no lugar de uma conjugação mais adequada.

Exemplos:
1) Vou estar fazendo as ligações assim que possível. (farei)
2) Vou estar providenciando a documentação necessária (providenciarei).
j) Plebeísmo
Conceito: consiste na utilização de termos coloquiais (gírias e palavras de baixo calão) ou de expressões informais.

Exemplo:
1) Se Deus quiser, tudo dará certo!

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