sábado, 18 maio , 2024
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Laguna: Surfistas devem respeitar pescadores artesanais na temporada da tainha

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Laguna: Surfistas devem respeitar pescadores artesanais na temporada da tainha
Edmilson Eufrazio, 32 anos, participa de campeonatos de surf, até julho vai trabalhar em barcos que capturam tainhas. Créditos: Rede social @edyysoares_

Com o início da temporada da captura da tainha, os pescadores e surfistas estarão em busca de dias típicos de vento sul nas praias da região, uns em busca de boas ondas, outros do peixe. No Farol de Santa Marta, a Prainha está fechada para o surfe.

O bom senso prevalece nas outras praias, onde barco de pescadores no mar significa que surfista não deve entrar na água. A região da Praia Grande, Galheta, Ipuã, Cigana, Cardoso onde tem maior atividade de pescadores artesanais com a pesca de cerco com barcos, a expectativa é grande para a chegada do vento sul, responsável em trazer as tainhas para a costa catarinense.

Muitos pescadores são surfistas e, nesta época, trocam as pranchas por redes. Exemplo de Edmilson Eufrazio, 32 anos, participa de campeonatos de surf, até julho vai trabalhar em barcos que capturam tainhas. O dia todo na areia da praia na espera.

“Dois pescadores em cada lado da praia, na parte mais alta do morro, e eles vêem o peixe a olho nu, assim fazem sinal com uma bandeira e a gente coloca a canoa no mar e cerca o cardume”, explica.

Mais de 100 famílias estão envolvidas com a prática da captura do peixe na região do Farol.  Há 17 anos na pesca, Edmilson é só esperança. “A gente tem boa expectativa em relação a pesca da tainha, porém, ainda deu pouco vento sul e quase nada de frio, fatores climáticos principais para que a tainha faça o seu percurso pela costa catarinense e chega em nossas praias”, explica.

De acordo com o diretor técnico da Associação de Surf e Tow-in do Farol de Santa Marta, Reinaldo Langer “na maioria das praias da região não há muita restrição quanto ao surf durante a temporada de pesca, porém, é aconselhável que os surfistas sempre observem se há algum grupo de pescadores procedendo com o cerco e não devem entrar na água”.

Ainda conforme ele “não há como proibir a prática do surfe na Praia do Cardoso e da Cigana durante o inverno, pois grande parte das famílias da região obtêm sustento por meio do turismo. São os surfistas que nesta época do ano movimentam o turismo, durante o inverno (baixa temporada), locando casas, alimentando-se em restaurantes e comprando nos mercados e lojas”.

Uma alternativa para comunidade local neste momento de pandemia para aumentar a renda.

Normas sanitárias
As normativas foram divulgadas pela secretaria estadual de Pesca e Agricultura, no qual estabelece as seguintes regras:

– Utilização de embarcações e redes de pesca de acordo com as legislações de pesca e de navegação vigentes;

– O patrão de pesca designará duas pessoas para coordenar o cumprimento das normas de prevenção, inclusive na orientação das pessoas não envolvidas na pesca para se retirarem do local;

– Somente poderão permanecer na praia, pessoas envolvidas diretamente na operação de pesca e somente durante o período de realização da atividade, mantendo um distanciamento mínimo de 1,5 metro e usando máscaras;

– O número máximo de pessoas permitidas na operação de pesca por canoa não poderá exceder 50 para o arrasto com canoa a remo (região de Jaguaruna a Itapoá) e 25 para arrasto com canoa motorizada (região de Jaguaruna a Passo de Torres);

– Na operação de retirada da rede deverá ser respeitada a distância mínima de 1,5 metro entre as pessoas que puxam a rede;

– Somente será permitida a permanência no rancho de pesca da equipe mínima envolvida no lançamento da rede (patrão, remeiros, chumbeiros e a pessoa que fica na praia com a ponta do cabo). O restante do grupo deverá aguardar o chamado em abrigos temporários, ao longo da praia ou nas suas casas, com uso de avisos sonoros, chamadas através de celular ou rádio.

– Deverá ser evitado a participação de pessoas pertencentes aos grupos de risco nas atividades que envolvem o arrasto de praia da tainha;

– Manter a disponibilidade de álcool 70% para desinfecção frequente, quando possível, sob fricção de superfícies expostas, como mesas, utensílios, vasilhames diversos, entre outros;

– Após o término da pescaria as pessoas deverão sair da praia o mais rápido possível, evitando qualquer tipo de concentração além das estritamente necessárias ao exercício da pesca;

– A fiscalização dos estabelecimentos fica a cargo das equipes de Vigilância Sanitária e de Segurança Pública e Salvamento.

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